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Procurador confessa assassinato de sobrinho ao MPE
No final da tarde de hoje, o procurador Carlos Alberto Zeolla vai assumir a autoria do assassinato do sobrinho, Cláudio Zeolla, de 23 anos, na terça-feira passada.
Às 18 horas ele depõe pela primeira vez ao procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Miguel Vieira, responsável pelo processo a partir de agora.
Segundo o advogado de defesa, Ricardo Trad, Carlos Alberto vai contar que atirou no rapaz por estar revoltado depois de surra dada por Cláudio no pai do procurador, na véspera do crime, na casa do senhor de 86 anos.
O avô do rapaz teria reclamado da ida constante de garotas de programa à casa da família, e acabou agredido pelo jovem e hospitalizado no Proncor. "É uma gama de motivos, mas esse foi o principal", diz Trad sem revelar outras desavenças entre tio e sobrinho.
Ricardo Trad também já entrou hoje no Tribunal de Justiça com pedido de liberdade provisória ou, alternativamente, prisão hospitalar e até domiciliar.
O cumprimento de pena em casa é prerrogativa assegurada aos membros do MPE, mas após a autuação em flagrante, o acusado foi levado ao Garras onde está desde a noite de terça.
A defesa alega que o estado emocional do procurador contribuiu para o crime. Segundo o advogado, laudos médicos atestam problemas psiquiátricos enfrentados há 8 anos por Carlos Alberto.
A decisão de assumir a autoria ocorre depois da polícia ter encontrado a arma do crime, registrada em nome de Américo Zeolla, o pai do procurador e apontado como o pivô do assassinato.