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Presidente da Bolívia quer aumentar em US$ 2 o gás

Isadora Grespan/ABr - 07 de maio de 2006 - 19:18

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que espera aumentar em US$ 2 o preço do gás vendido ao Brasil e à Argentina, segundo informou a Agencia Boliviana de Información (ABI), a agência de comunicação oficial do país.

A medida tem como objetivo contornar problemas econômicos, como o déficit fiscal de US$ 300 milhões, sem recorrer à cooperação internacional. De acordo com Morales, a alta representará um "importante ingresso para o erário nacional". A ABI informa que o aumento de um único dólar representa um incremento de mais de US$ 300 milhões anuais.

A agência diz que o Brasil paga à Bolívia US$ 3,26 por milhão de Unidades Térmicas Britânicas (BTU), medida utilizada para quantificar financeiramente o gás natural. A Argentina paga o equivalente a US$ 2,6 por milhão de BTU. Em função ao aumento nos preços do petróleo, o milhão de BTU está cotado em US$ 9 no mercado internacional.

Segundo a ABI, Morales afirmou que, frente a esses problemas, "os governos sempre foram mendigar ao exterior", mas com a recuperação dos recursos naturais será possivel resolvê-los internamente. "Agora depende de nós. Nós é quem podemos colocar o preço, mas, para não perder a amizade, vamos discutir [com os sócios energéticos]", disse, acrescentando que os países vizinhos já se mostraram abertos ao diálogos.

O decerto de nacionalização das reservas de gás e petróleo da Bolívia estabelece um prazo de 180 dias para que as empresas petrolíferas firmem novos contratos. A ABI informa que a espanhola Repsol-YPF foi a primeira a iniciar o processo de diálogo.

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