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Polícia investiga estupro em área onde índios prometem r
A Polícia Civil investiga denúncia de estupro a uma indígena de 23 anos, moradora na área onde uma comunidade guarani kaiowá prometem resistir caso haja decisão de reintegração de posse, entre Tacuru e Iguatemi, região Sul do Estado. A ameaça dos índios está prococando comoção internacional.
A índia contou à Polícia Civil que por volta das 13 horas de quarta-feira (24) o marido dela ligou para um rapaz e pediu que ele a levasse até a área urbana de Iguatemi. A carona era também para a tia da jovem.
O rapaz atendeu ao pedido e, como estava em uma motocicleta, pegou primeiro a jovem e ambos seguiram em direção à cidade.
Conforme relatos da indígena, quando ela e o motociclista chegaram nas proximidades da Fazenda Procomp, o rapaz disse que passaria na casa dele para pegar dinheiro.
A índia o acompanhou e, segundo ela, foi agarrada e obrigada a tomar banho com ele e em seguida ter relação sexual.
Aproximadamente três horas depois, ele a deixou em uma estrada e ela foi socorrida para o Hospital São Judas Tadeu.
Outra versão O Grupo Aty Guasu divulgou na internet que a índia saiu de casa pela manhã do dia 24 e quando seguia pela estrada de acesso à cidade foi rendida por mais ou menos oito homens em uma camionete.
Conforme divulgado pelo grupo, a jovem foi estuprada e torturada, sendo abandonada à noite na margem da via, e encontrada na manhã do dia 25 deitada, tudo machucada, com fome e sede.
A divulgação baseada em relato de lideranças do acampamento Pyelito kue/Mbarakay, diz ainda que a indígena foi encaminhada ao hospital de Iguatemi em estado grave.
Por fim, as comunidades de Pyelito Kue/Mbarakay solicitam que a violência praticada contra a vida da Marilene Romeiro seja investigada pela Polícia Federal e punidos os autores do crime bárbaro.
Conflito - O MPF (Ministério Público Federal) pede na Justiça a permanência dos índios guarani na fazenda Cambará, no município de Iguatemi. Em setembro, a Justiça Federal de Naviraí concedeu liminar para a reintegração de posse. Em repostas, os índios divulgaram uma carta, que causou comoção, prometendo resistir até a morte.
Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal, Assim, é para decretar a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e para enterrar-nos todos aqui, afirma o documento.
Os indígenas ocupam 2 hectares da fazenda, que possui 762 hectares, desde novembro do ano passado. Conforme o MPF, em agosto de 2011 pistoleiros destruíram o acampamento montado às margens de uma estrada vicinal. Para chegar à fazenda, eles atravessaram um rio com dois metros de profundidade. A travessia foi feita segurando em um fio de arame.