Desde as rebeliões nos dias 14 e 15 de maio, foram apreendidas nas operações pente-fino na Penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados, 1,8 mil armas brancas, muitas delas feitas com barras de ferro na própria oficina do presídio, usada para dar trabalho aos detentos, segundo o Comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar de Dourados, coronel Carlos Alberto Pereira. A quantidade foi suficiente para encher a carroceria de três caminhonetes.

Além das armas, os policiais encontraram mais de 30 celulares e de 50 carregadores. Muitos carregadores eram artesanais, uma novidade até mesmo para os agentes penitenciários acostumados a criatividade dos detentos. Os presos transformam peças de rádio a pilha em carregador de celular.

Após a rebelião, as operações pente-fino se tornaram quase diárias. “Sempre que mexemos o preso de lugar, fazemos uma nova operação”, afirma o comandante.

Ontem, a Polícia Militar e os homens da Força Nacional de Segurança encontraram em poder dos presos três celulares, uma arma branca e uma pequena quantidade de entorpecente.