Com 31 pessoas presas e 51 mandados de busca e apreensão cumpridos, a Polícia Federal encerrou ontem a Operação Piraíba. Depois de seis meses de investigação, foi desarticulada uma organização especializada em fraudar cartões bancários e explorar clandestinamente serviços de telecomunicações.

A base operacional da organização fica na região de Uberaba (MG), mas a operação ocorreu também em Brasília (DF), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Recife (PE). De acordo com delegado Márcio Valério de Souza, a Polícia Federal em Uberaba recebeu denúncias tanto do Ministério Público Estadual quanto de pessoas que se sentiram lesadas nas instituições bancárias. O esquema consistia na clonagem de cartões magnéticos por meio de equipamentos instalados nos caixas eletrônicos.

Participaram da Operação Piraíba 250 policiais federais e 10 policiais civis de Minas Gerais. Eles também apreenderam, nas casas das pessoas presas, dados e programas de computadores, telefones celulares, equipamentos eletrônicos, extratos bancários e até automóveis adquiridos com o dinheiro obtido nas fraudes.

O delegado informou que "no decorrer das investigações, infelizmente foi detectada também a participação de policiais civis de Uberaba", que foram presos. Eles garantiam a impunidade de outros integrantes do grupo e algumas vezes efetuaram saques ilegais, acrescentou Souza. Ele disse ainda que apesar das prisões de hoje, a Polícia Federal continuará a investigar casos de clonagem de cartões.

A operação foi batizada pela Polícia Federal com o nome de um peixe da região amazônica, de grande porte e difícil de ser pescado.

Com informações da Polícia Federal