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Mortes por afogamento disparam: são 106 casos este ano
A disparada nas mortes por afogamento em rios, represas e piscinas neste ano desperta preocupação do Corpo de Bombeiros que está emitindo um alerta à população. De janeiro até o último fim de semana foram 106 casos em Mato Grosso do Sul, número que representa mais que o dobro de todo o ano passado, de acordo com a corporação. Apenas 16 pessoas foram resgatadas com vida este ano.
O que preocupa é a combinação de férias com o verão, quando as pessoas procuram mais se banhar em águas de rios, córregos e piscinas. Só no último fim de semana oito pessoas se afogaram, em Fátima do Sul, Dourados, Água Clara e Tacuru. Seis tinham idades entre 8 e 15 anos. Em um dos casos, ocorrido na tarde de sábado, em Água Clara, quatro se afogaram de uma vez: três irmãos de 11, 12 e 8 anos e a tia, de 15 anos.
Uma das crianças se afogou e as outras submergiram ao tentar salva-la. A orientação dos bombeiros nestes casos é de jogar uma corda, um pedaço de madeira ou mesmo uma peça de roupa para resgatar a outra pessoa para a borda. Isso porque a pessoa que está se afogando se desespera e tende a puxar a outra para o fundo. Se pular na água para tentar salvar uma vida a pessoa pode acabar se tornando outra vítima, alertam os bombeiros.
De acordo com os bombeiros, as crianças menores de 10 aos e pessoas com mais de 50 anos são as principais vítimas. A corporação recomenda muita cautela e atenção antes de entrar em piscinas, rios, lagos ou lagoas. No caso das piscinas, a recomendação é que que as pessoas freqüentem apenas clubes que tenham o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros e que tenham a presença de, no mínimo, dois guarda-vidas a cada 500 metros quadrados de água, exigido por legislação.
Evitar de nadar sozinho é outro cuidado que deve ser adotado, porque cãibras ou cansaço podem fazer a pessoa perder a força e se afogar. Em rios, o risco é maior, principalmente devido à força da correnteza e também pela profundidade. Neste caso, a corporação aconselha que crianças somente entrem em rios rasos e acompanhados de responsáveis maiores de idade e que saibam nadar. Também é aconselhável evitar sair das margens do rio. Crianças devem estar sempre equipadas com bóias ou flutuadores para aumentar a segurança.
Outra orientação é evitar brincadeiras caldos, trotes ou saltos. A profundidade de um rio ou de uma piscina muitas vezes é pequena e saltos podem machucar ou atém mesmo contribuir para um possível afogamento. Os conhecidos trotes e caldos podem também ser fator de risco para afogamento, principalmente para crianças pequenas. Essas dicas valem também para lagos e lagoas.
A ingestão de bebida alcoólica combinada com a água também pode trazer resultados desastrosos porque, além de comprometer o reflexo, a bebida acaba desinibindo a pessoa e encorajando ela a ultrapassar limites.