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Mesmo com redução, celulose lidera pauta das exportações

Balança comercial do Estado registrou superávit de US$ 493 milhões

Correio do Estado - 07 de abril de 2020 - 15:20

Mesmo com redução, celulose lidera pauta das exportações

Apesar da redução nas exportações de celulose, o produto ainda aparece como o principal item na pauta de Mato Grosso do Sul. A balança comercial do Estado em março de 2020 apresentou um superávit de US$ 493 milhões, tendo como principais itens na pauta de exportação a celulose, soja, carne bovina, carne de aves e milho e ainda destaques positivos para o minério de ferro, algodão e açúcar.

Conforme as informações divulgadas nesta segunda-feira (6) na Carta de Conjuntura do Setor Externo, pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), o resultado das vendas externas no primeiro trimestre de 2020 foi 23,26% inferior ao verificado de janeiro a março de 2019, mas a taxa de câmbio favorável ajudou a amenizar os efeitos desfavoráveis à exportação diante dos efeitos do novo coronavírus (Covid-19) na economia mundial.

Pela tendência verificada em relação a 2019, há uma estabilidade das exportações mesmo com queda nos dois principais produtos de exportação a celulose e a soja em grão. A Celulose apareceu como primeiro produto na pauta de exportações, com 39% do total exportado em termos do valor, e com diminuição de 22,12% em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação ao volume houve queda de 9,06%.

O titular da Semagro, Jaime Verruck, havia adiantado ao Correio do Estado que a redução do envio de celulose ao exterior foi reduzido porque o mercado chinês havia parado de comprar. “Nós tivemos um gargalo da celulose nas exportações que foi o fechamento do mercado chinês, por conta do coronavírus, mas isso já está retomando que a gente consegue dar uma fluidez normal para celulose. Temos que destacar que também é um setor essencial na estrutura de embalagem”.

Já o segundo produto da pauta foi ocupado pela soja em grão, com 19,47% de participação, com diminuição em termos de valor de 33,24% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Em termos de volume, houve diminuição de 29,95%, sugerindo que a queda de 33,24% foi devida principalmente a queda no volume exportado

De acordo com o secretário este cenário pega o início do coronavírus no Brasil e uma situação bem diferente em relação à China. “No atual momento, os chineses têm buscado uma recomposição de estoques. Continuamos monitorando as operações. Neste período de vigência das medidas para combater o novo coronavírus, o foco da Semagro tem sido o de estimular a adoção de protocolos de segurança para manter o nível de produção e o emprego na indústria e garantir o fluxo logístico interno de carga e também de embarque nos portos”, explicou Verruck.

CARNES

As exportações de carnes, no entanto, seguem em alta: as operações externas da carne bovina tiveram aumento de 9,31% e as de carne de aves, 42,08%, em relação ao primeiro trimestre de 2019. O minério de ferro permanece em alta com aumento de 54,79% em termos de valor.

Ainda foram registrados bons resultados com o açúcar, que teve crescimento de 47,77% e com o algodão, que elevou suas exportações em 167,06% no período, ainda resultado do desempenho da safra no ano passado.

IMPORTAÇÃO

Considerando os produtos importados, Mato Grosso do Sul continuou com uma pauta concentrada na importação de gás boliviano, representando 58,27% da pauta de importações no primeiro trimestre de 2020. Em termos de volume do gás, houve aumento de 3,19% no período, em relação a janeiro-março de 2019.

O principal destino das exportações continua sendo a China, representando no primeiro trimestre de 2020 cerca de 45,28% do valor total das vendas para o exterior feitas por Mato Grosso do Sul. Os países com maior aumento na participação foram: Coréia do Sul (222,32%) e Japão (87,98%). A maior queda foi registrada para os Estados Unidos, com baixa de 68,43% nas exportações em relação o janeiro a março de 2019.

“Observamos com cautela o mercado da carne. Houve uma alta nas exportações mas a situação no cenário interno requer atenção. Também estamos monitorando a relação da China com os EUA e mantendo a questão da logística e do funcionamento interno da agroindústria do Estado para obter um resultado diferente nos próximos meses”, finalizou Jaime Verruck.

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