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Livro sobre a vida de Pedrossian lançado hoje
Governador de Mato Grosso do Sul por três vezes, "o Homem de Miranda" reuniu em obra passagens de sua trajetória política. Batizado de "O Pescador de Sonhos", o livro sobre a vida de Pedro Pedrossian promete revelações da atuação política e da história do Estado incluindo de antigos adversários. Três mandatos de governador e um de senador reunidos em 270 páginas. Essa seria a síntese de "O Pescador de
Sonhos", idealizado pelo ex-governador relatando passagens de sua vida pública, registradas em anotações e revelações sobre sua trajetória considerada incompreendida em certas passagens, como assinala o próprio Pedrossian.
A obra será lançada hoje, dia 11 de maio, impressa Editora UFMS e editada pelo Instituto Histórico e Geográfico de MS, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, às 19h. Com prefácio de João Leite Schimidt (atual presidente do PDT), apresentação de Hildebrando Campestrini e "orelha" feita pelo senador Ramez Tebet (PMDB), "O Pescador de Sonhos" é classificado pele ex-governador como um "testemunho histórico", rememorando temas como a divisão do antigo Mato Grosso, o primeiro governo de Mato Grosso do Sul e a escolha de Harry Amorim Costa para gerir o Estado (e sua substituição seis meses depois).
Pedrossian também escreveu sobre suas campanhas eleitorais e acerca da posse do ex-governador Marcelo Miranda pelo PMDB (hoje, ele administra o Dnit/MS). "Desejei, simplesmente, esclarecer fatos que, na minha ótica, estão se perpetuando na história de maneira equivocada, e registrar outros que nunca chegaram ao conhecimento
público, que tiveram muito a ver com a dinâmica dos acontecimentos que marcaram a minha participação nos destinos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul", disse o ex-governador, sobre os motivos que o levaram a editar a obra. O ex-governador atribui a amigos o apoio para a "tarefa" de realizar a obra, que levou dez meses para ficar pronta.
Dono longa trajetória política, Pedrossian administrou Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Engenheiro de profissão, teve seu último mandato entre os anos de 1991 e 1994, e embasou seu estilo administrativo na construção de obras, muitas vezes questionadas pelos seus adversários devido à capacidade de pagamento que o Estado teria para quitá-las ou mesmo concluí-las. Um exemplo emblemático é o "esqueleto" da
nova rodoviária de Campo Grande, construída no bairro Cabreúva e até hoje não concluído, além do Parque das Nações Indígenas, Parque do Produtor e do Hospital Regional Rosa Pedrossian (iniciados em sua gestão e concluídos em mandatos futuros).
Porém, foi exatamente essa visão "expansionista" que tornou o político popular. Em 1998, após não passar para o segundo turno eleitoral que teve disputa de Zeca do PT e Ricardo Bacha (PSDB) Pedrossian chegou a anunciar seu afastamento da vida pública. Mas, em 2002, retornou ao cenário como candidato a senador. Foi novamente
derrotado, desta vez por Ramez Tebet (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT). Enquanto em 98 ele prestou apoio ao PT no segundo turno, teve os mesmos petistas como adversário na eleição seguinte. O que não significou "rusga política": em 2005, Zeca colocou uma placa no Parque das Nações, prestando homenagem ao ex-governador.