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Leia a homenagem do Manoel Afonso ao Robertinho

Manoel Afonso/TV Record - 16 de maio de 2006 - 07:41

ROBERTO LOPES DE OLIVEIRA: É GENTE BOA!

Dele posso falar de cátedra. Eu o conheço da época em que era conhecido por “Robertinho do rádio”, uma associação do nome com sua atividade de técnico em eletrônica. Vindo de Aparecida do Tabuado, instalou-se no quarteirão onde hoje está localizada sua loja. Tudo muito simples, e ele receptivo sempre aberto a um bom papo. Naquela época de energia elétrica instável, era ele que fazia o possível e o impossível para resolver os problemas diversos. Enfrentar péssimas estradas para dar manutenção na estação repetidora em Goiás, que mandava as imagens da TV. Anhanguera para Cassilândia, era também missão do Robertinho. Tudo na base do amor, de quem gosta da cidade e de sua gente. Lembro dele, sob os olhares e sorrisos do dr. Juracy Lucas na Loja Maçonica, contando as aventuras da “missão impossível” para chegar no topo da serra da antena. Como se diz: “ coisa de louco.”
Caramba! Foi tudo muito rápido nestes últimos trinta anos. Hoje o Robertinho já tem neto na faculdade e parece que ainda estou vendo a sua Eliani – ainda pequena - toda feliz de calça comprida – cabelo preso - passeando com sua bicicleta de duas rodas na rua Antônio Paulino ainda sem asfalto. Estive com o bom amigo nesta última ida à Cassilandia, e tiramos do baú algumas reminiscências, lá mesmo em sua loja. Percebi não só prazer pelo encontro, mas também a emoção dele em falarmos de fatos saudosos e que marcaram a vida de quem vive na comunidade. Ao seu lado, a fiel companheira Maria, de caminhada perseverante, sem perder de vista os objetivos sadios da jornada. Aliás, ela não escondeu: “sair de Cassilândia – jamais! Nosso lugar é aqui!”
Motivos tenho de sobra para falar do Roberto, ele que já foi homenageado pela Câmara Municipal inclusive. Chuva ou sol, nas crises e na bonança, num país de planos econômicos mirabolantes, o Robertinho manteve seu estabelecimento de portas abertas, honrando seus compromissos, gerando empregos e renda. Pés no chão, sem loucuras, é possível encontrá-lo dirigindo um caminhão para buscar mercadorias em outros Estados ou ainda pessoalmente fazendo entrega de um colchão numa casa humilde da periferia. É o mesmo baixinho que a gente encontra vibrando no estádio de futebol, nos jogos de voley, basquete e futebol de salão. Desportista nato, está sempre colaborando com o esporte da cidade, como simples torcedor ou cartola. E lembro: ele jamais se omitiu quando a causa envolve a cidade. Seu nome é dos primeiros em qualquer lista. Não é mercenário e tampouco sovina, destes que passam a vida só amealhando bens materiais. Não reclama de nada! Sempre acha que seu maior patrimônio é a vida feliz que tem e sua família. Foi assim como dirigente e venerável da Loja Maçonica Luz de Aknatus, no Rotary Club, Associação Comercial e outras entidades.
Não há que se considerar a estatura moral de um homem pelo patrimônio que amealhou ou pelo poder que conseguiu. O critério justo não passa por esses aspectos relativos e que não retratam a grandeza de seu caráter. Só para ilustrar: hoje reli a homenagem que prestei ao saudoso ex-jardineiro Osvaldo das Flores, outro bom exemplo de cidadão participante.
Se cada cidadão, dentro da comunidade, desse um pouco do que tem ou que sabe, certamente que a realidade seria ainda melhor. Escrevendo como gosto de escrever, no pulsar do coração, é que torno público minha amizade e admiração pelo Roberto, com quem temos boas relações deste 1974. Tenho certeza que toda cidade avaliza, assina em baixo destas linhas que fazem justiça a quem merece. Robertinho integra o ról dos que ajudaram a construir uma Cassilândia melhor. Robertinho é patrimônio da cidade e por isso merece ser lembrado. Continue assim, firme e sempre sorrindo. Um beijo no seu coração.

MANOEL AFONSO
( O autor é comentarista
da TV. Record-MS. )

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