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Geral

José Alencar continua tratamento em casa

Bruno Bocchini ,ABr - 17 de fevereiro de 2009 - 16:14

São Paulo - O vice-presidente da República, José Alencar, recebeu hoje (17) alta hospitalar após passar 21 dias internado para a retirada de vários tumores no retro peritônio – membrana que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos. No entanto, Alencar continuará em tratamento com supervisão médica permanente em seu apartamento na capital paulista, próximo do hospital Sírio Libanês, onde foi operado.

“Ele precisa recuperar força muscular. É igual a um atleta que quebra uma perna, o músculo atrofia um pouquinho. Mas ele vai comer em casa, o temperinho de casa, vai mudar de ambiente, porque ele passou quase um mês no hospital. Ele vai continuar com enfermeiro e com toda assistência em casa; alguns exames, se necessário for, mas nenhuma restrição alimentar”, disse o oncologista responsável pelo tratamento, Ademar Lopes.

De acordo com o cardiologista da equipe médica que cuidou de Alencar, Roberto Kalil Filho, o vice-presidente fará fisioterapia em casa e continuará a receber medicação. “A primeira etapa foi feita com sucesso. A segunda etapa não tem porque ser diferente e logo, logo ele deve estar com a sua vida normal”, disse. Não há, por enquanto, previsão para Alencar voltar a trabalhar.

Antes de deixar o hospital, Alencar concedeu uma entrevista coletiva que durou aproximadamente 20 minutos. Aparentemente abatido, o vice-presidente agradeceu a equipe médica que o operou e disse ter sentido “complexo de culpa” pelo tratamento que recebeu no hospital.

“Antes de qualquer coisa, eu tenho tido privilégio. Eu, às vezes, fico meio culpabilizado, eu fico com complexo de culpa, porque eu sou vice-presidente da República e os brasileiros todos deveriam ter um tratamento como esse que eu tenho tido. Podem estar certo, se tivessem, a expectativa de vida do Brasil já seria outra. Eu, às vezes, fico triste de não poder oferecer a todos os brasileiros isso que eu tenho recebido”, afirmou.

Alencar ressaltou que aceitou fazer a cirurgia, altamente complexa, por falta de opção, e não por coragem. “Onde é que está a coragem para um cidadão, seja ele qual for, que não tenha alternativa? O fato de enfrentar uma cirurgia dessa importância, e desse risco, não significa coragem não, significa decisão tomada por força de uma opção única. Ou você vai ou vai, não tem o que pensar”.

O vice-presidente ainda falou sobre a taxa de juros no país. Pela primeira vez, preferiu não criticar a política monetária do Banco Central. “Eu não falo mais de juros, não falo porque vocês devem ter observado que nos últimos meses todo mundo está falando. Então, não precisa mais que eu fale”, disse.




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