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Itaipu: Gigante no tamanho e na potência

Gabriela Guerreiro/ABr - 17 de maio de 2004 - 08:07

Tudo que envolve a hidrelétrica de Itaipu ganha proporções gigantescas. A começar pelo tamanho da usina, que assusta turistas e os próprios funcionários diante da parede de concreto que retém as águas do rio Paraná. A potência instalada é de 12,6 milhões de quilowats (KW), com 18 unidades geradoras de 700 mil KW cada uma.

Mas os números grandiosos não param por aí. A vazão máxima do vertedouro (quantidade da força da água que circula pela usina) corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu – que por si só possui força suficiente para arrastar qualquer ser humano a uma distância mínima de 5 quilômetros. “O fluxo das águas é o que faz de Itaipu a maior produtora de energia do mundo”, ressalta o monitor do EcoMuseu de Itaipu, Fabio Prim Loyola.

Com a produção acumulada ao longo de 20 anos de geração de energia, a usina teria capacidade para atender a todo o planeta Terra por um mês, cinco dias, 19 horas e 30 minutos – ou garantir energia elétrica para todo o Brasil por três anos, quatro meses e 15 dias.

Até o final de 2005, quando entrarem em funcionamento as duas novas turbinas, a hidrelétrica vai alcançar a sua capacidade máxima de geração de energia. Com 20 unidades geradoras, nem mesmo a usina de Três Gargantas, construída sobre o Rio Yang-Tse, na China, vai superar a brasileira em produção de energia.

A usina chinesa vai operar com um reservatório maior que Itaipu, e também com mais potência instalada. A meta dos chineses é que Três Gargantas produza 84 bilhões de KWh/ano. Só no ano passado, com apenas 18 turbinas em operação, a hidrelétrica de Itaipu conseguiu produzir 89 bilhões de KWh/ano. No ano de 2000, a usina atingiu o seu recorde de produção, gerando 93 bilhões de KWh/ano.

Depois da instalação das novas unidades geradoras, porém, a hidrelétrica vai chegar ao seu nível máximo de produção sem novas perspectivas de crescimento. Mas a sua capacidade produtiva, na avaliação do diretor-geral da empresa, Jorge Samek, poderá ser útil ao Brasil por pelo menos 150 anos. “Teremos inovações tecnológicas, mas no quesito produção de energia não teremos como evoluir. Não poderemos construir a vigésima-primeira turbina, por isso estamos investindo em tecnologia e projetos a longo prazo”, explica.

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