Em votação secreta, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na reunião desta terça-feira (30), com 21 votos favoráveis e três contrários, relatório do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), favorável à indicação do economista Alexandre Schwartsman para ocupar o cargo de diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), na vaga deixada pelo ex-diretor Beny Parnes. O parecer vai orientar a votação definitiva da indicação em Plenário.

De acordo com Suassuna, a qualificação profissional de Schwartsman está de acordo com as exigências do cargo. Para chegar a essa conclusão, o relator analisou o currículo de Schwartsman, que é doutor em economia pela Universidade da Califórnia e foi executivo em instituições financeiras.

Na sua exposição, antes de iniciada a sabatina, o economista se disse otimista com o cenário econômico brasileiro e, na sua avaliação, o país está prestes a retomar, de forma sustentável, o crescimento econômico. Dessa forma, analisou, um gradual afrouxamento monetário, com redução das taxas de juros, não deve acelerar a inflação, permitindo o crescimento, sem que haja influência negativa também nas taxas de câmbio.

Ele apontou o grande superávit da balança comercial, que chegou a mais de US$ 23 bilhões nos últimos 12 meses, como fator fundamental para a transformação do déficit nas transações externas, em 2002, em superávit neste ano.

Schwartsman elogiou a condução da política econômica, que realizou os ajustes necessários sem que houvesse queda do Produto Interno Bruto, como observado em outros países. O economista entende que o regime de metas da inflação e de câmbio flutuante foram acertados para minimizar as possibilidades de choques na economia. O cenário promissor, continuou o indicado, se deve ainda ao superávit primário nas contas públicas e à aprovação das reformas no Congresso, que, na sua opinião, ajudaram a restabelecer a confiança no país