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Guga fala do seu astral para os últimos jogos
Gustavo Kuerten embarcou para a Europa, na última quinta-feira à noite, para disputar os últimos torneios da temporada 2003. O primeiro desafio do brasileiro é o Masters Series de Madri, na semana que vem. Depois, ele segue para São Petesburgo e termina o ano em Paris.
Estou viajando com um astral legal. No Sauípe, consegui voltar a jogar de uma maneira mais espontânea e natural como eu gosto, rendi bem no treino esses dias aqui e espero estrear bem em Madri, que vai ser um fator importante para as outras semanas também, disse Guga, depois de fazer o último treino em Florianópolis.
O tenista contou que resolveu investir em uma boa preparação para o Masters Series espanhol, já que no ano passado chegou desgastado ao torneio. O torneio de Madri é importante e demos uma certa prioridade para jogar lá. Sei que a quadra, pelo ano passado, não é tão rápida e são nesses torneios que a gente se motiva mais. Tomara que essa mudança, de não jogar Lyon, dê certo.
Dos três torneios que Guga vai disputar, apenas o de São Petesburgo é novidade no calendário. Em Madri, Guga compete pela segunda vez e em Paris, pela sexta. Seria muito desgaste jogar Lyon, depois de tantas semanas seguidas e viagens cansativas da temporada dos EUA, para a Bahia e a Copa Davis, no Canadá. Queríamos ter essa folga para aliviar um pouco o calendário na parte técnica e física, explicou o técnico Larri. No ano passado, eu voltei a jogar num nível competitivo alto no US Open, fui campeão na Bahia, joguei a Davis e fui bem em Lyon. Mas foi um desgaste muito grande e acabei perdendo na primeira rodada dos dois Masters Series. Este ano, não tive uma boa temporada de quadras rápidas, mas fiz um bom torneio no Sauípe e na Copa Davis. Apesar de a gente não ter se classificado, senti que voltei a render num nível alto, de uma maneira mais natural e que me deixou confortável, mais confiante e tranquilo para viajar e ter boas expectativas. Estou sacando muito bem, quase quebrei o recorde de aces na Davis e nessa quadra coberta, o saque é fundamental. Hoje em dia, a minha motivação é diferente, e ganhar uma ou duas partidas vai ser super importante. Estamos trabalhando, posso crescer com um jogo, deslanchar, enfim, pegar o ritmozinho de jogo que está faltando e, de repente, terminar o ano de uma forma bem legal.
Faltando apenas três torneios para encerrar a temporada 2003 e apesar de não ter chegado ao grupo dos 10 melhores do mundo, objetivo traçado por ele mesmo no início do ano, Guga, que começou a temporada na 37ª colocação no ranking de entradas e hoje é o 17º, acredita ter feito um bom 2003 e ainda está sonhando grande.
Cheguei bem perto. Estive a uma ou duas partidas de chegar entre os 10. Estive 12, 13 e se tivesse vencido um ou dois jogos, teria chegado lá. Agora, o ano está praticamente terminado e se jogar bem os Masters Series, posso até ter chance, mas não vai me favorecer em nada ficar pensando nisso. O principal já foi feito. Eu consegui ficar jogando o ano inteiro sem nenhuma lesão, joguei de igual para igual com todo mundo e tive um ano completo. Joguei todos os Masters Series e Grand Slams. No geral, foi um ano importante, que me deixou com vontade de crescer ainda mais e de continuar sonhando grande.