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Governo vai construir cisternas e obras hídricas

InfoMesa - 20 de agosto de 2003 - 14:21

O Governo Federal começa a implantar a partir de hoje uma das maiores políticas de combate à indústria da seca. O acordo, que permitirá a implementação do projeto, foi assinado pelo Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome José Graziano da Silva, e por José Viegas Filho, ministro da Defesa. A cerimônia também contou com a participação do Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes.

A iniciativa, que envolve os três ministérios, prevê a construção de cisternas e outras pequenas obras hídricas nos municípios em estado de emergência reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional. A ação, além de levar água a quem precisa, garante independência aos moradores dessas regiões porque acaba com a prática assistencialista da distribuição de água em carros-pipa e desestimula a formação de currais eleitorais.

As cisternas serão construídas pela Articulação do Semi-Árido (ASA) e os recursos para as obras virão do MESA, da Febraban e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. Para mapear as áreas onde as obras serão feitas, as Forças Armadas se deslocarão até os municípios indicados pelo Ministério da Integração e marcarão as localidades por meio de GPS (geoprocessamento). Além do mapeamento, também será distribuída água aos moradores, em caráter emergencial.

O acordo prevê que o MESA transfira R$ 5 milhões ao ministério da Defesa, até o final do ano. Do total já foram repassados, neste mês de agosto, R$ 1 milhão. Diferentemente de anos anteriores, cada município que declarar estado de emergência terá a situação analisada pelo governo. "Nós estamos querendo, como já disse o ministro Ciro Gomes, botar a indústria da seca em recessão. Esse é o nosso objetivo. É difícil extinguir, mas nós estamos trabalhando para isso", afirmou Graziano.

O ministro de Segurança Alimentar ressaltou que a principal atividade econômica dos municípios contemplados pelo acordo é a agricultura. Por isso, além da construção das obras hídricas, o Fome Zero prevê para essas cidades dois outros programas: o Seguro-Safra - já implantado em toda a região -, e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar. "Com isso nós queremos estimular, mesmo aqueles que tenham perdido a produção, a produzirem novamente no ano que vem. Se perder, tem o seguro. Se conseguir fazer a colheita normalmente, entramos com a compra da produção", esclareceu.

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