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Governo desocupa até segunda, as áreas invadidas em MS

Anderson Viegas/APn - 12 de setembro de 2003 - 08:04

O secretário de Desenvolvimento Agrário, Valteci Ribeiro de Castro Júnior (Mineiro), anunciou na tarde ontem, em entrevista coletiva na Governadoria, que até a próxima segunda-feira, dia 15, o governo do Estado junto com a Superintendência Estadual do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estará promovendo de forma pacifica a desocupação de todas as seis propriedades rurais ocupadas por trabalhadores rurais sem-terra em Mato Grosso do Sul. Todas as áreas já tinham o mandado de reintegração de posse expedido pelo Poder Judiciário.

Segundo Mineiro, na fazenda São Rafael em Eldorado, onde estavam 120 famílias ligadas a CUT Rural e a movimentos independentes e na fazenda Rancho Grande em Rio Brilhante, que foi ocupada por 120 famílias da Fetagri a desocupação negociada começou anteontem, enquanto que em quatro fazendas invadidas por integrantes do MST, Aruanã em Bonito (400 famílias), Nova Espadilha em Itaquirai (400 famílias), Santa Maria em Rio Brilhante (200 famílias) e Santa Terezinha em Eldorado (100 famílias) a desocupação deve ocorrer até segunda-feira.

O secretário frisou que o aspecto mais importante das desocupações é que os mandados de reintegração de posse estão sendo cumpridos de maneira pacifica, sem o uso da força policial, e que isso foi possível porque o governo do Estado sempre manteve o diálogo com os movimentos sociais que representam os trabalhadores rurais sem-terra, com os produtores rurais e com o Incra. “Negociamos com todos eles uma saída pacifica. Em nosso Estado não é preciso o uso da polícia para cumprirmos os mandados de reintegração de posse”, comemorou.

“Quando o governo do Estado recebe um mandado de reintegração de posse não questionamos, porque é uma determinação judicial, entretanto, sempre procuramos executar a desocupação de maneira pacifica, com o diálogo com os movimentos sociais, porque estamos lidando sempre com vidas humanas”, comentou ele, completando que as cerca de 240 famílias já retiradas e as 1,1 mil que vão sair de propriedades invadidas até segunda-feira estão sendo encaminhadas provisoriamente para outras propriedades, como ocorreu no caso da fazenda Coimbra 3M, em Itaporã.

Mineiro disse que essa é uma solução provisória, mas que em razão do sucesso obtido na primeira experiência, essa medida pode ser adotada como modelo. Ele também revelou que a intenção do governo do Estado é através de parcerias com as prefeituras e com os produtores rurais fornecer sementes e insumos para que nessas áreas provisórias as famílias tenham condições de produzir principalmente hortaliças, milho e arroz, que poderão inclusive ser depois adquiridos pelo governo federal para fazerem parte dos estoques reguladores de alimentos do Programa Fome Zero.






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