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Goiânia: Mohammed pega 21 anos de reclusão
O Tribunal de Júri de Goiânia condenou Mohammed dAli a 21 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela morte e esquartejamento da estudante inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos. O veredito foi divulgado ontem, às 23h15, pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que presidiu a sessão. A pena foi uma somatória de 19 anos pelo homicídio duplamente qualificado e 2 pela ocultação do cadáver, mais 150 dias-multa, sendo que cada um deverá ser considerado como 1/30 do salário minímo vigente à época do crime. Quanto à multa, levo em conta a condição financeira do réu que se mantém às custas de sua mãe e tem pouca escolaridade, afirmou o juiz ao ler a sentença após 14h30 de julgamento e diante de mais de 400 pessoas.
Os jurados reconheceram que o crime foi cometido por motivo fútil e mediante uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. No entanto, Mohammed pode ser beneficiado com a progressão de pena e cumprir somente 8 anos em regime fechado. Caso isso ocorra, o restante da pena será cumprida em regime semi aberto. A pena de Mohammed foi atenuada em razão da confissão espontânea e menoridade relativa, já que à época do crime ele era maior de 18 anos e menor de 21. A defesa disse que vai analisar o caso para ver se há, ou não, necessidade de recorrer da decisão. Mohammed sorriu quando deixou o plenário.
Tribunal do Júri condena Mohammed que pega 21 anos de reclusão
Em interrogatório ao juiz, o réu confessou que matou e esquartejou a inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, em 26 de julho de 2008, no setor Universitário, em Goiânia. O crime se deu após Cara ameaçá-lo que contaria a mãe dele e a um policial da Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam) que Mohammed estava usando drogas. Eles se conheceram na Inglaterra e, no Brasil, chegaram a morar juntos no apartamento, local onde o réu cometeu o crime.
Texto: Cleomar Almeida e Patrícia Papini