O secretário da Agricultura do Estado de Goiás, Odilon Claro de Lima, ratificou hoje seu entendimento sobre a situação do produtor rural diante de uma série de dificuldades como a baixa cotação dos produtos agropecuários, a diferença cambial e altos custos de produção, aliados ao excesso de chuvas. Tudo isso, segundo ele, resulta em perdas de produção. Conforme estimativa do Grupo de Coordenação e Estatísticas Agropecuárias, a safra goiana 2005/2006 pode ficar em 11 milhões de toneladas de grãos, uma redução de 300 mil toneladas em relação ao último prognóstico.

Para o secretário, a soja, tanto por ser uma commodity como por representar o grão de maior produção no Estado, é a cultura mais prejudicada. Sob impacto de altos custos para ser cultivada e com baixa cotação no mercado, a soja sofre também as conseqüências da incidência de ferrugem asiática e a colheita é prejudicada pelas chuvas. O algodão é outra cultura que teve forte retração na área plantada – cerca de 50% - e perda em qualidade.

Odilon Claro considera que as medidas anunciadas pelo governo federal, com a liberação de recursos emergenciais, estão longe de atender as reais necessidades dos produtores. No entanto, considera que dão um fôlego para as negociações já iniciadas com o governo para a renegociação das dívidas.