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Getúlio Vargas criou Petrobras nos anos 50

Vitor Abdalla/ABr - 21 de abril de 2006 - 10:42

Depois de anos de movimento nacionalista, que resultou na campanha O petróleo é nosso, a Petrobras foi criada em outubro de 1953, através da Lei 2004, sancionada pelo presidente Getúlio Vargas. O início das atividades foi modesto, com uma produção diária de apenas 2,7 mil barris, ou seja, 700 vezes menos do que média diária de hoje, 52 anos depois.

Em seu patrimônio inicial, constavam apenas uma refinaria pronta, em Mataripe (BA), que processava cinco mil barris por dia; uma refinaria em fase de montagem e uma fábrica de fertilizantes em construção, ambas em Cubatão (SP). Na parte de transporte, vinte petroleiros compunham a frota da Petrobras, navios suficientes para transportar 221 mil toneladas.

Entre as primeiras medidas adotadas pela empresa estavam o aumento da produção, a ampliação de seu parque de refino, a melhoria da capacidade de transporte, o investimento em pesquisa e a especialização de seu corpo técnico.

Os sete primeiros anos da Petrobras foram marcados pela entrada em operação da Refinaria de Presidente Bernardes, em Cubatão, que estava em fase de montagem na época da criação da empresa, pelo início de operação do Terminal Madre de Deus, na Bahia, e pelo esforço de adquirir materiais e suprimentos no Brasil.

A estatal logo começaria a colher frutos e, no final da década de 50, já teria conseguido uma produção diária de 65 mil barris, um desempenho 24 vezes melhor do que o obtido em outubro de 1953. As reservas, que eram de 15 milhões de barris em 1953, chegariam a 617 milhões, sete anos depois.

Para o geólogo Giuseppe Bacoccoli, pesquisador da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Petrobras conseguiu avanços em seu início, mas não o suficiente. "A Petrobras deu certo, mas não deu suficientemente certo para resolver o problema do Brasil", afirmou.

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