A frente fria mais intensa do ano vai causar, a partir deste fim de semana, temperaturas baixas em diversos pontos do Brasil. Segundo o coordenador do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Carlos Austin, o fenômeno é mais comum no inverno. As chances de ocorrer nesta época, entre os meses de abril e maio, são de 40%.

"Esta é a primeira entrada clássica do processo de transição do outono para inverno. Convivemos com poucas chances de isso ocorrer nesta estação, mas não é impossível que aconteça", disse Austin.

Segundo ele, o sistema causa acentuadas quedas da temperatura em função da entrada do ar frio do sul em direção ao sudeste. Outra característica é o amplo alcance.

"Esse sistema penetra bem pelo continente, chegando até o sul do estado do Mato Grosso e em algumas áreas da bacia amazônica, podendo causar as famosas friagens", afirmou.

A previsão é de que os primeiros efeitos, como nebulosidade e ventos de rajada, sejam sentidos no Rio de Janeiro a partir de amanhã (16). Segundo o coordenador do Inmet também pode ocorrer geada no sul do país.

"Daqui para frente a tendência é que essas frentes frias sejam mais freqüentes no território nacional", acrescentou descartando qualquer ligação com outros fenômenos como o aquecimento global. "Se analisarmos o que aconteceu há 60 ou 70 anos atrás, vamos ver que já houve outros sistemas com essa característica".

Outro fenômeno de grandes proporções também deve ser visto na próxima semana na região sudeste. Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha, está prevista para a próxima segunda-feira a maior ressaca do ano, com ondas de até 3 metros. A área atingida se estende do litoral de Santos, em São Paulo, até Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense.