A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ontem aos bancários proposta de 12,6% de reajuste salarial, abono de R$ 1.500, participação nos lucros de 80% do salário mais R$ 650. A Executiva Nacional dos Bancários decidiu indicar a aceitação da proposta nas assembléias que devem ocorrer em todo o Brasil até o dia 9 de outubro.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, João Vaccari Neto, a categoria queria a reposição integral da inflação e uma maior participação nos lucros, mas os bancos não concordaram.

Ele lembrou que a aceitação da proposta nas assembléias não significa o fim da campanha salarial, já que os bancos federais ainda não se comprometeram a cumprir o acordo feito com a Fenaban. “O Banco do Brasil disse que não vai cumprir, o que não descarta a possibilidade de nova paralisação dos trabalhadores para pressioná-los a aplicar a Convenção Coletiva. A indicação da Executiva Nacional é de que houve grandes avanços nas mobilizações este ano, mas não há clima para uma grande mobilização que culmine em greve”, disse João Vaccari.

A última proposta apresentada pela Fenaban previa um reajuste salarial de 10% mais abono de R$ 1.320,00 e foi rejeitada pela categoria nas assembléias. Os bancários reivindicam reajuste de 20%.