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Federação diz que lei não promoverá pesca predatória
O presidente da Federação dos Pescadores de Mato Grosso do Sul, Estevão Miranda, explicou ao Corumbá On Line que o projeto de lei do deputado estadual Akira Otsubo não irá incentivar a pesca predatória nos rios estaduais, mas garante a existência da categoria. A lei nos dá a tranqüilidade de saber que a nossa categoria vai continuar existindo, porque não podíamos dormir como pescadores e acordar com decretos extinguindo a atividade. Isso não seria justo, afirmou.
Segundo ele, os equipamentos liberados pela legislação não causam agressões ao meio ambiente. O anzol de galho, por exemplo, não é predatório. O Conpesca (Conselho Estadual de Pesca) aprovou o uso de 20 anzóis e 20 bóias por pescador, mas de repente, o Governo do Estado proibiu, numa decisão que não passou pelo Conselho, observou. Miranda ressaltou que entidades como Embrapa e Ecoa que têm assento no Conpesca são favoráveis aos pescadores.
De acordo com o dirigente sindical, a liberação da cota de pescado não prejudica o estoque pesqueiro. A própria natureza nos impõe limites, disse. O que distingue o pescador profissional do amador são os equipamentos que usamos para trabalhar e, proibí-los não seria justo para quem vive dessa atividade.
Esta manhã, empresários ligados à Associação Corumbaense das Empresas de Turismo (Acert) realizaram um navegaço de conscientização ambiental pelo rio Paraguai, como definiu o presidente da entidade, Luiz Martins. Quatorze barcos-hotéis cruzaram simultaneamente o rio Paraguai numa espécie de comboio e com buzinaço na região do Porto Geral de Corumbá, num gesto, segundo os empresários, de alerta à sociedade local sobre as conseqüências que a legislação aprovada em primeiro turno na Assembléia Legislativa pode acarretar ao meio ambiente pantaneiro caso entre em vigor definitivamente, após segunda votação.