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Entrevista com o técnico da Seleção, Carlos A. Parreira
Em entrevista coletiva depois do treinamento desta quinta-feira à tarde, o técnico Carlos Alberto Parreira disse que o principal objetivo neste dia era preservar o estado físico dos jogadores da Seleção Brasileira. Não fazer treino de finalização foi devido a musculatura, disse o comandante.
Para o técnico, os treinamentos precisam ter qualidade e intensidade. Não precisa ser de duas horas, afirmou o comandante. Parreira também comentou que a equipe é muito boa com a bola nos pés e só precisa acertar detalhes. Se arrumarmos o time sem a bola, estamos prontos para ganhar a Copa, disse ele.
O técnico afirmou que a pressão sempre vai existir, mas para eles os jogadores já estão acostumados. Com o tempo a gente cria blindagem, disse ele, que acha que a partida mais difícil não é na primeira fase: na minha opinião, o jogo de maior responsabilidade é o das oitavas-de-final. Se perdermos, estamos fora, disse ele.
Adversários
Parreira garantiu que está observando bem o primeiro adversário da Copa do Mundo no dia 13 de junho. A Croácia fará mais três partidas amistosas. Vamos receber os vídeos e analisar, afirmou ele, que completou: o time deles não tem muita novidade em relação às eliminatórias.
Para o técnico, os outros dois adversários, Austrália e Japão, precisam ser avaliados separadamente. São equipes com estilos diferentes e bom preparo. Se não tivermos atentos poderemos ser surpreendidos afirmou Parreira.
Aliás, para primeira partida contra a Croácia, Parreira afirmou que a equipe não estará no nível ideal, pois o time não atua com esta formação há oito meses. Isso vai ocorrer no decorrer da competição Temos de pensar a longo prazo, comentou ele.
Elenco
Parreira mostrou total confiança em Ronaldo, elogiando-o como fora de série e que ele vai recuperar a forma física antes da estréia no dia 13 de junho. Ele está quase no peso ideal. O percentual de gordura está num limite aceitável, disse o técnico, que completou: Hoje ele se encontra melhor que há quatro anos. Em 2002, o atacante foi o artilheiro da Copa com oito gols e no fim do ano ganhou o prêmio de melhor jogador de futebol concedido pela FIFA.
Parreira disse também que os laterais Cafu e Roberto Carlos estão ainda na seleção porque mereceram e não por terem cadeira cativa. Estão porque jogaram bem nesses últimos quatro anos e estão bem fisicamente, disse o técnico, que comentou mais sobre o ala-direito: Não é qualquer jogador que joga quatro Copas seguidas. Por isso ele vai começar como capitão.
Para Parreira a unidade do grupo é fundamental para seleção e que todos são considerados titulares no elenco. Chamar alguém de reserva nesse grupo não dá. Juninho, Robinho, Edmílson... Não dá, finalizou o técnico.