Os dados fracos sobre o nível de emprego nos Estados Unidos (onde o Departamento de Trabalho anunciou a abertura de 138 mil vagas em abril), que podem servir de indicativo para maior rigor na economia norte-americana, serviram para auxiliar o dólar a fechar a sexta-feira em queda, registrando desvalorização de 0,72% frente ao real. A divisa encerrou o pregão de hoje cotada a R$ 2,056, o menor preço de fechamento desde março de 2001. Durante a semana, as baixas na cotação acumularam 1,53%.

Segundo a Reuters, os números auxiliaram o dólar a perder força também para o euro e outras moedas de mercados emergentes. Analistas consultados pela agência de notícias ressaltaram a tendência de queda do dólar, principalmente pelos ajustes monetários cobrados da economia dos EUA. A expectativa está quanto à taxa de juros naquele país, considerado estável para investidores. O Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) mantém a taxa em cerca de 5%, e, na próxima quarta-feira, deve definir um novo índice.

Outro fator que favoreceu a cotação do dólar foi o constante ingresso de recursos no mercado brasileiro. O Banco Central do Brasil voltou a intervir no mercado, mas não obteve sucesso em manter o preço estável. A autoridade monetária nacional fechou 17 contratos, com taxa de corte a R$ 2,058.