O dólar abriu a semana em queda de 0,33%, encerrando o pregão desta segunda-feira vendido a R$ 2,13. A cotação, segundo a Reuters, acompanhou o movimento internacional e o bom desempenho de outros segmentos, diante do fato de que o mercado nacional não tinha novidades importantes para nortear os negócios. A divisa norte-americana também caiu diante de outras moedas, como o iene – após o Banco Central da Rússia afirmar que pretende reforças suas reservas em moeda japonesa.

Durante a semana, a agenda econômica dos Estados Unidos promete mobilizar a atenção dos investidores. O Índice de Preços no Atacado e de Preços ao Consumidor nos EUA podem ser indicadores sobre o futuro do juro daquele país.

Já no Brasil, os operadores ainda estão contagiados pelos resultados da balança comercial, que, na segunda semana de outubro, registrou superávit de US$ 1 bilhão. O resultado elevou o saldo acumulado do ano para US$ 36,1 bilhões. O quadro deve se manter até a próxima quarta-feira, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) deve divulgar a nova taxa de juro brasileira. As apostas do mercado são de um corte de 0,5%, reduzindo a Selic de 14,25% ao ano para 13,75%.

O Banco Central do Brasil realizou hoje leilão de compra de dólares, aceitando seis propostas com taxa de corte a R$ 2,134. As aquisições têm servido para recompor as reservas internacionais brasileiras, que chegaram na sexta-feira ao total de US$ 74,9 bilhões, valor considerado recorde. As ações do BC no mercado ajudam a impedir quedas acentuadas do dólar, porém, o excesso de compra pode resultar em juros caros a serem cumpridos pelo governo, aumentando a dívida interna.