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Des. Gilberto da Silva Castro deixa o TJ/MS

Assessoria/ TJ-MS - 02 de março de 2009 - 08:43

Publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (2), a portaria que concede ao Des. Gilberto da Silva Castro aposentadoria voluntária. Na última sexta-feira, o desembargador não participou da sessão do Órgão Especial, mas foi homenageado pelos componentes daquela Corte. As manifestações demonstraram que o recém aposentado era um magistrado muito respeitado e admirado.

Gilberto da Silva Castro é natural de Campo Grande e completou 68 anos em janeiro. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), advogou nas capitais paulista e sul-mato-grossense. Em 1973, quando o estado era Uno, ingressou na magistratura como juiz de Direito em Fátima do Sul. Por merecimento, foi promovido para a 1ª Vara de Rondonópolis, de 2ª entrância, três anos depois. No ano seguinte, por permuta e a pedido, foi transferido para a Vara Criminal de Dourados.

Por merecimento, foi promovido para a 1ª Vara Criminal de Campo Grande, em 1979, e removido para a 3ª Vara de Família e Sucessões, no ano seguinte. Em 1984, foi removido para a 11ª Vara Cível, onde atuou até 1986, quando foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça de MS.

Gilberto da Silva Castro foi vice-presidente do Tribunal de Justiça (1987/1988) e Corregedor-Geral de Justiça (1991/1992), além de Corregedor Regional Eleitoral (1993/1994) e presidente do Tribunal Regional Eleitoral (1995/1996).

O presidente do TJMS, Des. Elpídio Helvécio Chaves Martins, confessou que a aposentadoria do amigo e companheiro de Corte será uma grande perda para todos, principalmente para a magistratura.

Para ele, o Des. Gilberto se constitui em um dos magistrados cujas decisões se revelaram um norte para toda a magistratura. A verticalidade do seu caráter, a extrema dedicação à magistratura, a responsabilidade com que encarou o exercício da atividade judicante são – no entender do presidente do TJMS - atributos morais que o tornam uma pessoa singular. “Os longos anos dedicados a magistratura jamais afetaram o seu ânimo e sua obstinação pelo trabalho. Fica para todos nós o seu exemplo de vida e dedicação ao judiciário”, explicitou o Des. Elpídio.

No conceito do Des. Claudionor Miguel Abss Duarte, Gilberto da Silva Castro constitui-se em um daqueles magistrados que abraçaram a magistratura como profissão de fé e nela encontrou sua verdadeira vocação. “Por onde passou e onde atuou, em todos os juízos e comarcas, granjeou amigos. Pessoa lhana, de excelente bagagem moral e cultural, sempre se revelou um magistrado ponderado, independente, sereno, que trazia segurança a seus pares no Tribunal de Justiça”, acrescentou.

Outro a lamentar a aposentadoria do Des. Gilberto foi o Des. João Carlos Brandes Garcia, que o classificou como um magistrado diligente, sobressaindo-se entre seus pares pelo estudo, pela aguçada inteligência e pela atenção que sempre dedicou à magistratura, que sempre defendeu e honrou com muita competência. “Gilberto se despede desta Casa após 35 anos de dedicação ao judiciário deste Estado. Fica aqui o registro da minha admiração por seu talento, independência, retidão no exercício da magistratura e por ter honrado com brilhantismo, muito zelo e dedicação, as tradições deste Tribunal que ajudou a moldar, com o seu exemplo de juiz e de amigo”.

Embora não faça parte do Órgão Especial, a Desa. Marilza Lúcia Fortes fez questão de falar sobre o amigo e magistrado que, em sua concepção, é um exemplo a ser seguido. “Eu sempre o admirei. Quando era juíza sempre lia os votos dele, mesmo quando eram contra decisões minhas porque nelas sempre encontrava ensinamento. Ele tem classe até para discordar dos votos de outros desembargadores. O Gilberto é muito humano, bem humorado e nos transmite muita segurança. Foi uma honra trabalhar com ele”, complementou Marilza.

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