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Decisão do TSE sobre candidato impugnado pode provocar nova eleição
Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a impugnação do registro de candidatura de Arisleu Pires (PSDB), candidato à reeleição em Biquinhas (MG). A decisão pode provocar o pedido de um novo pleito no município, porque Pires teve mais que 50% dos votos. O TSE, no entanto, não se pronunciou sobre isso. A decisão sobre uma nova eleição caberá ao juiz Eleitoral local.
Arisleu Pires teve a candidatura impugnada porque vive em união estável com a ex-prefeita de Biquinhas, Valquíria de Oliveira Silva. Como ele concorre à reeleição, configuraria o terceiro mandato consecutivo do núcleo familiar, o que é vedado pela Constituição. Em função disso, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais indeferiu o recurso do candidato que teve mais de 50% dos votos.
A defesa do candidato alegou que o vínculo afetivo não configura união estável e que, portanto, não haveria condição de inelegibilidade para o candidato. Após pedido de vista, o ministro Antonio Dias Toffoli deu hoje o voto final considerando que a relação de Arisleu e Valquíria configura, sim, união estável. Segundo o ministro, o fato de os dois morarem juntos em uma casa construída conjuntamente e de os vizinhos atestarem a condição semelhante a de casados são provas da união.
O ministro divergiu do voto do relator, Marco Aurélio Mello, que acabou vencido. Todos os demais ministros acompanharam Toffoli e votaram pelo impedimento do candidato de participar das eleições municipais em Biquinhas. Arisleu Pires teve 1.344 votos e Carlos da Vó (PR), único candidato a disputar com ele, 1.229 votos.
Edição: Aécio Amado