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Coronavírus amplia demanda pelas carnes bovinas e de aves de MS

Ministra da Agricutura reforça que até barreiras tem sido flexibilizadas diante do crescimento da necessidade de produtos

Campo Grande News - 13 de abril de 2020 - 17:45

Coronavírus amplia demanda pelas carnes bovinas e de aves de MS

A crise do novo coronavírus aumentou a preocupação de alguns países com a segurança alimentar e contribuiu para acelerar processos de ampliação ou abertura de mercados ao Brasil, principalmente na área de carnes, na avaliação da ministra Tereza Cristina, da Agricultura do Brasil. Somente em Mato Grosso do Sul foram 8 plantas habilitadas nas últimas semanas, 7 para o Egito e uma para China.

No Estado, as exportações de carnes seguem em alta: as operações externas da carne bovina tiveram aumento de 9,31% e as de carne de aves, 42,08%, em relação ao primeiro trimestre de 2019.

“Diante do atual cenário, algumas medidas sanitárias, que muitas vezes tornam os processos mais demorados ou eram usadas até como barreiras comerciais, estão sendo deixadas para trás”, disse a ministra Tereza Cristina em nota.

A exemplo disso, o Egito habilitou 42 unidades de carnes do Brasil em março, sendo 27 de frango e 15 da proteína bovina, informou o ministério nesta quinta-feira. São 7 em Mato Grosso do Sul.

O governo egípcio renovou a habilitação de 95 empresas do setor (82 de carne bovina e 13 de carne de frango) e ainda autorizou o início da importação de miúdos bovinos brasileiros.

De acordo com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), as plantas frigoríficas recém aptas a exportar ao Egito estão instaladas em sete municípios, sendo as de Itaquiraí, Caarapó e Aparecida do Taboado para exportação de carne de frango e São Gabriel do Oeste, Anastácio, Iguatemi e Rochedo para venda de carne bovina.

Em 2019, Mato Grosso do Sul exportou US$ 76,5 milhões ao Egito, sendo a carne bovina o produto mais comercializado entre o Estado e o país árabe, seguido de milho para semeadura e celulose. Os dados são da equipe econômica da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Flexbilização - Em nota na quinta-feira passada, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira destacou que uma “flexibilização na questão sanitária”, além de uma melhora diplomática, ajudou nas novas habilitações.

Segundo a câmara, os países perceberam que “sem essa flexibilização, a pandemia pode acarretar dificuldades de abastecimento”.

Mas o órgão de comércio também ressaltou a melhora na questão diplomática entre os governos do Egito e Brasil, após a ida da ministra Tereza Cristina ao país duas vezes recentemente, com o “estabelecimento de um diálogo contínuo”.

Ainda na área de proteína animal, a Indonésia acertou com governo brasileiro uma cota extra de importação de 20 mil toneladas de carne bovina, informou a pasta.

O Kuweit abriu seu mercado para a carne bovina brasileira, um país que importa poucos volumes, mas de carne com valor agregado, segundo o ministério.

A China, por sua vez, atualizou a lista de unidades do Brasil autorizadas a vender pescado para o país asiático, o que não ocorria desde 2015. Agora, 108 estão habilitadas.

A ministra Tereza Cristina também destacou que o Brasil tem sido procurado por outros países que buscam produtos agrícolas e estão preocupados com um possível desabastecimento “pós-pandemia do coronavírus”, disse o comunicado.

É caso da Malásia e Singapura que já entraram em contato com o governo brasileiro para retomar ou aumentar as importações de carnes de frango e bovina.

No primeiro trimestre de 2020, as exportações brasileiras do agronegócio somaram 21,39 bilhões de dólares.

Segundo a pasta, a participação do setor agropecuário no total das exportações brasileiras foi de 43,2%, superior aos 42% registrados em 2019.

Somente na área de carnes in natura (bovina, suína e frango), as exportações do trimestre somam 1,68 milhão de toneladas, alta de 9,4% ante igual período do ano passado.

Com os embarques de proteína animal, o Brasil faturou 4,03 bilhões de dólares de janeiro a março, avanço de 17,6% em relação ao primeiro trimestre de 2019 .

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