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Confira a pesquisa Ibope sobre o governo Lula

Cecília Jorge/Agência Brasil - 30 de setembro de 2003 - 21:31

A aprovação ao governo Lula caiu em setembro, enquanto o índice de desaprovação cresceu alguns pontos. Ainda assim, a performance do governo permanece em níveis elevados, segundo pesquisa realizada pelo Ibope para Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje.

Em junho, a aprovação era de 70%, contra 69% em setembro. O índice de desaprovação subiu de 18% para 24% no mesmo período, um crescimento de 6 pontos percentuais. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. “A aprovação do governo permanece elevada, mas a gordura na avaliação positiva começa a ser consumida”, explicou o presidente da CNI, Armando Monteiro.

Na avaliação geral, a nota média dada ao governo foi de 6,7. Numa escala de 0 a 10, ficou apenas um pouco inferior à média anterior, de 6,9 em junho.

O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na pesquisa é semelhante ao de seu governo. Ao todo, 70% afirmaram confiar em Lula (76% em junho) e 26% disseram não confiar (19% em junho). Se a eleição fosse hoje, Lula ganharia com 52% dos votos, concorrendo com os mesmos candidatos de 2002. O resultado, porém, é 6 pontos percentuais inferior ao obtido em junho.

De acordo com a pesquisa, a confiança dos brasileiros nos rumos da economia também diminuiu. Em relação à inflação, 40% dos entrevistados acreditam que ela vai aumentar nos próximos seis meses, contra 36% em junho. O desemprego deve crescer na opinião de 49% das pessoas, aumento de sete pontos, portanto. Apesar disso, o medo de ficar desempregado praticamente ficou estável, considerando a margem de erro. Cresceu apenas 1%. O medo do desemprego é a preocupação de 41% dos entrevistados.

O comportamento do governo na redução da taxa de juros teve avaliação positiva – 46% aprovam as medidas adotadas. Entre os que têm renda mais alta, a aprovação passou de 44% para 56%, de junho para setembro.

A pesquisa revela que o otimismo quanto à atuação do governo é maior entre os entrevistados com renda e grau de instrução maiores. Entre os que têm curso superior, 78% dizem que o restante de 2003 será muito bom ou bom. Entre os que têm até a 4ª série, 68% têm a mesma expectativa. Por faixa de renda, 78% dos que recebem mais de 10 salários mínimos estão otimistas contra 70% entre os que recebem até um salário mínimo.

Na avaliação de Armando Monteiro, essa diferença se dá pelo maior acesso à informação. “Esses segmentos de renda mais alta têm mais informação, percebem esse movimento de redução de taxa de juros, desse clima após a aprovação das reformas. Mas naqueles estratos de renda mais baixa, essa percepção não é alcançada”, afirmou.

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