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Caem juros do cheque especial

Stênio Ribeiro/Agência Brasil - 26 de agosto de 2003 - 15:32

Os juros do cheque especial caíram 3,1 pontos percentuais e chegaram a 173,9% no mês de julho. É a quarta queda consecutiva nos juros do cheque, conforme informou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório mensal sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro. Somente para efeito de comparação, o rendimento da poupança no Banco do Brasil não chegou a 11% nos últimos 12 meses.

De acordo com o boletim, os juros bancários caíram em média 1,8% no mês passado, já em decorrência do processo de redução da taxa básica de juros (Selic), iniciado em junho, conforme revelou hoje o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório mensal sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro.

A média cobrada nos empréstimos ficou em 54,9% ao ano: 37,7% para empresas e 77,9% para pessoas físicas, com quedas respectivas de 0,9% e 3,5%. Houve redução em todas as modalidades de crédito, sendo mais acentuada para pessoas físicas, retornando a níveis de setembro/outubro do ano passado, de acordo com Altamir. Na comparação com junho, os juros caíram de 96,6% para 91,7% no crédito pessoal; e de 49,1% para 47,1% na aquisição de veículos e outros bens.

No crédito pessoal, a redução foi de 4,9 pontos percentuais, retornando ao patamar de dezembro de 2002, e “certamente vai fechar este mês com queda ainda mais acentuada”, segundo Altamir, por causa da redução, este mês, da taxa Selic para 22%. Além do mais, ele lembrou que a taxa de inadimplência continua estável há quatro meses, embora “ainda em níveis muito altos”: de 15,2% para pessoas físicas e de 4,7% para pessoas jurídicas.

Apesar do dinheiro menos caro, o volume de operações de crédito do sistema financeiro teve expansão moderada no mês passado, de apenas 0,3% na comparação com junho, e registrou estoque de R$ 382,6 bilhões em empréstimos, o equivalente a 24,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Aumento devido, em parte, aos financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para habitação e setor rural. As instituições privadas operaram R$ 228,1 bilhões, e o setor financeiro público R$ 154,5 bilhões.

O Departamento Econômico do BC informa, ainda, que houve expansão de 0,9% na emissão de papel-moeda, totalizando R$ 39,2 bilhões em poder do público, e as reservas bancárias aumentaram 1,2%, somando R$ 28,6 bilhões. Com isso, a média diária dos saldos da base monetária (dinheiro circulante mais reservas bancárias) subiu para R$ 66,4 bilhões e fechou o mês com saldo total de R$ 67,8 bilhões, com acréscimo de 6,3% no mês, e de 29,4% em doze meses.


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