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Brasil enviará missão diplomática ao Timor Leste

Agência Lusa - 24 de junho de 2006 - 20:22

Uma missão diplomática brasileira deverá viajar para o Timor Leste no final da próxima semana. De acordo com a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, a viagem está confirmada, mas falta ainda definir a data do embarque de diplomatas e representantes do governo em áreas como educação, saúde, justiça e defesa.

Em entrevista à Agência Lusa , o subsecretário geral para a África, Ásia, Oceania e Médio Oriente, Pedro Motta, disse que a missão ficará no Timor entre 30 de junho e 4 de julho. O objetivo seria compreender a crise no país e reforçar as parcerias com o governo timorense.

"Queremos manter a cooperação com Timor Leste e, eventualmente, ajustá-la às circunstâncias atuais, como na área eleitoral, por exemplo, com a proximidade das eleições, marcadas para Abril de 2007", afirmou Motta. "Estamos muito preocupados. É urgente que as Nações Unidas assumam o seu papel de manutenção da paz e da estabilidade política e social de Timor Leste", acrescentou.

De acordo com o embaixador, a missão brasileira ao Timor Leste foi constituída a pedido do ministro Celso Amorim. Ela estaria totalmente desvinculada da missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no país, da qual o Brasil participa por meio do novo diretor da Agência Brasileira de Cooperação, Luiz Henrique Fonseca.

A crise no Timor Leste começou em abril, com conflitos envolvendo militares e políticos. Cerca de 600 militares foram dispensados pelas forças armadas timorense. Eles afirmam ter sido alvo de discriminação étnica por parte dos superiores. Nos embates, mais de 30 pessoas já morreram e 145 mil tiveram de abandonar suas casas.

Na última quinta-feira (22), o presidente do Timor, Xanana Gusmão, ameaçou pedir demissão caso o primeiro-ministro Mari Alkatiri não deixasse o cargo. Gusmão acusa o primeiro-ministro e seus aliados políticos de contribuírem para a crise.

Amanhã (25), Alkatiri deverá anunciar a própria saída, no congresso do partido pelo qual foi eleito (Fretlin). Hoje (24), centenas de manifestantes foram ao parlamento timorense e fizeram um fechamento simbólico, usando uma fita azul nas portas. Eles defendem a dissolução do parlamento caso o primeiro-ministro não renuncie ao cargo.

Cerca de 150 brasileiros moram no Timor Leste. A maior parte deles atua nos programas de cooperação em áreas como cultura, saúde e educação.



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