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Após decisão do TSE, PMDB chega a acordo

Iolando Lourenço/ABr - 07 de junho de 2006 - 21:53

O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), informou hoje (7) que a Executiva do partido deve se reunir às 15h da próxima segunda-feira para decidir que medidas o partido tomará em conseqüência da decisão do Tribunal Superior Eleitoral acerca da regra de verticalização vigente nas eleições deste ano.

Hoje, a direção do PMDB realizou reunião de emergência para discutir as conseqüências da decisão do TSE. À saída da reunião, Temer disse que a decisão não era esperada e que se criou um "mundo novo" para o partido nas eleições. "Acho que para o PMDB foi positivo. O PMDB vai firmar-se ainda mais nacionalmente. Ficou subentendido para o partido ter um candidato à presidência porque aí terá os oito minutos e pouco de televisão para divulgar o número 15 e apoiar os candidatos a governador e senador", disse ele.

Segundo decisão do TSE tomada ontem, a verticalização implica que partidos sem candidato a presidente não poderão se coligar nos estados com partidos em situação oposta. Além disso, alianças nacionais deverão ser automaticamente reproduzidas nos estados.

Em função da nova situação, ficou suspensa até mesmo a disputa interna no partido a respeito da data da convenção. Hoje, a Justiça Federal de Brasília, em decisão liminar, havia determinado que a convenção deveria ser realizada neste domingo (11), acolhendo mandato de segurança do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo Temer.

Ainda segundo Temer, na reunião de hoje, foi feito um acordo geral, e o deputado aceitou retirar a ação para que o partido possa discutir a nova situação política para o partido na reunião de segunda-feira. O presidente do PMDB disse que vai informar ao TSE sobre o acordo.

"Nós não temos condições de fazer alianças porque, em alguns estados, essas alianças seriam com o PT e com o PSDB para o governo e para o senado. E com a nova resolução do TSE, não é mais possível fazer essas alianças", explicou Temer.

Temer disse que devem participar da reunião de segunda-feira todos os candidatos a governador, a senador, e lideranças do partido de todo o país. A reunião deverá gerar um acordo sobre a data da convenção nacional do partido, que deve se dar entre 17 e 22 de junho, segundo ele.

O presidente do PMDB também relatou conversa que teve ontem à noite com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o senador José Sarney (PMDB-AP). Segundo Temer, mesmo com a decisão do TSE, os dois achavam que era possível o PMDB fazer coligações diversas nos estados, caso não tivesse candidato a presidente. Hoje, disse Temer, perceberam que isso não será possível. "Para acórdão do TSE, não vale recurso. Talvez um mandato de segurança no Superior Tribunal de Justiça."

Segundo a assessoria do TSE, o acórdão (decisão final, por escrito) relativo à decisão de ontem, a ser redigido pelo presidente do tribunal, Marco Aurélio de Mello, será divulgado nos próximos dias. Ontem, foi comunicada apenas a decisão sobre a verticalização, endossada por seis dos sete ministros do tribunal.

A reunião de hoje do PMDB teve a presença de cerca de 100 pessoas, incluindo lideranças do partido como Anthony Garotinho, Orestes Quércia, Newton Cardoso, o senador Ney suassuna (PB), o ex-ministro Eunício Oliveira e o senador Pedro Simon (RS).

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