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Apesar da crise hídrica, ONS descarta possibilidade de “apagão” em 2021

Em Mato Grosso do Sul, hidrelétricas operam com limites baixos de água mas sem risco de desabastecimento

Campo Grande News - 24 de setembro de 2021 - 07:40

Mesmo com um quadro considerado “delicado” diante da maior crise hídrica dos últimos 91 anos, o risco de racionamento de eletricidade no Brasil está descartado em 2021, de acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (23), durante encontro promovido pelos grupos O Globo e Valor Econômico. Apesar do risco de falta de energia aumentar nos próximos meses, o operador afirmou que a energia será garantida em todo ao país.

“A possibilidade de riscos de problemas de pico da demanda em outubro e novembro existe, mas é para isso que fazemos um planejamento diário. Esse é um período mais crítico, mas temos as termelétricas e acreditamos que temos a condição de enfrentar o atendimento de pico com segurança”, afirmou o diretor.

Para 2022, a tendência de crise deve continuar. Para evitar riscos, a recomendação do operador ao governo é a de que sejam criadas “poupanças” de água durante o período úmido ainda neste ano, que começa em novembro. “Essa poupancinha é uma poupançona, porque é bastante água. A gente quer que esses reservatórios cheguem no período seco de 2022 em uma situação que nos permita ter essa água armazenada, poupada para fazer a travessia do período seco do próximo ano. Nossos reservatórios estão em uma situação preocupante”, afirmou Ciocchi.

Em Mato Grosso do Sul, a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, que abastece 70% do País, localizada entre a cidade paulista e Três Lagoas atingiu 0% do volume considerado útil, na primeira quinzena deste mês.

Em nota, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) esclareceu que o índice de 0%, não significa que o reservatório está vazio, e se refere apenas à navegabilidade. Porém a usina opera “no vermelho”, mas o volume do reservatório ainda não representava risco de desabastecimento.

Já na UHE Porto Primavera, entre a cidade de Rosana em São Paulo e Batayporã, a usina está com menos da metade da capacidade em ação. Como no caso de Ilha Solteira, segue novas normas da ONS, emergenciais, que permitiu limites mais baixos de vazão de água. Assim, a UHE opera próximo do normal apesar da crise.

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