O governo confirmou para amanhã (25) o anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2006/07, com o qual pretende colocar um fim nos protestos dos produtores rurais em todo o País. A promessa do Ministério da Agricultura é oferecer aos produtores mais dinheiro, com juro menor, para que eles possam cultivar a próxima safra numa situação mais tranqüila.

Nas últimas três safras, segundo técnicos do Ministério, o volume de recursos do crédito rural cresceu 61%. O total para financiar a agricultura aumentou 79%. Para a atual safra, 2005/2006, em todas as linhas de financiamento foram mantidos os mesmos encargos da safra anterior.

O juro do crédito rural é de 8,75% ao ano, mas os produtores só conseguem financiar uma parte das lavouras com essa ta xa. O mais comum é a liberação de até R$ 50 mil com esse patamar de juros. Por isso, o ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, tem se empenhado em baratear o custo dos empréstimos.

Além do plano de safra, o governo deve anunciar nesta quinta-feira medidas "estruturais" para reduzir os custos de produção do agronegócio. Elas se referem predominantemente, segundo fontes do governo, à redução de tributos cobrados sobre insumos utilizados na produção agropecuária. Na semana passada, ao receber produtores rurais e governadores no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também acenou com a possibilidade de uma nova renegociação de dívidas do setor.