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Anfavea aposta no motor flexível

Agência Câmara - 28 de agosto de 2003 - 15:25

O presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph, acredita que a tendência no futuro próximo é haver mais automóveis flexíveis - aqueles que funcionam com álcool ou gasolina - do que a frota de veículos só a gasolina. Ele ressaltou que dos quase 27 mil veículos novos vendidos nesse ano, 6.148 são flexíveis - flex fuel.
Henry Joseph destacou que o primeiro modelo desse tipo foi lançado em março e o segundo em abril. "É tudo muito recente, mas a participação no mercado nesse ano já foi significativa". Ele frisou que uma das causas para esse bom desempenho é o preço. Os carros com motores flexíveis custam praticamente o mesmo valor dos veículos a gasolina.
O presidente participou do seminário sobre políticas para o setor sucroalcooleiro e a reestruturação do Proálcool, promovido pela Comissão de Agricultura e Política Rural.

GÁS NATURAL
Henry Joseph abordou também a utilização do gás natural como combustível de veículos. Ele ressaltou que a maior dificuldade do gás é a distribuição dele no País. "Só existe gás em grandes centros urbanos". Outra dificuldade é a baixa autonomia dos automóveis.
A conversão do carro para funcionar com gás natural custa entre R$ 1 mil e R$ 4 mil. Um veículo que roda de 150 a 200 quilômetros por dia tem o retorno do investimento de quatro meses a um ano.

POLUIÇÃO
Joseph classificou como "infeliz" a declaração do diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Luiz Augusto Horta Nogueira, que afirmou que o carro a álcool polui mais que o movido a gasolina. Luiz Nogueira defendeu essa tese ontem ao participar do seminário. Henry Joseph explicou que na realidade o que ocorre é que a legislação brasileira exige que os carros mantenham padrões de emissão por 80 mil quilômetros, ou seja, mais ou menos por aproximadamente cinco anos de uso.
Os carros zero quilômetro movidos a álcool, segundo ele, realmente poluem mais quando saem da fábrica; no entanto, como os veículos a gasolina sofrem desgaste maior, naquele período de cinco anos os carros a gasolina se tornam mais poluidores. "No final, os carros a álcool poluem menos".

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