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Advogada dos direitos humanos no Irã ganha Nobel da Paz

Agência Brasil - 10 de outubro de 2003 - 10:54

A iraniana ativista dos direitos humanos Shirin Ebadi é prêmio Nobel da Paz em 2003, especialmente por sua luta para a melhoria da situação de mulheres e crianças.

Ebadi, 56 anos, uma das primeiras mulheres a ocupar o cargo de juiz, no Irã, e forçada a abandoná-lo após a revolução islâmica, disse esperar que o prêmio possa trazer mudanças em seu país. É a primeira vez que o Nobel é concedido a um iraniano.E ela é a décima-primeira mulher a recebê-lo desde que foi criado em 1901.

Ouvida pela CNN durante visita a Paris, a vencedora do Nobel da Paz se disse perplexa e que não esperava receber o prêmio. Ela concorria com outros 164 candidatos, inclusive os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, o primeiro-ministro britânico e o Papa João Paulo II, o mais cotado.

Em entrevista à televisão norueguesa por telefone, Ebadi disse:"é muito bom para mim, ,muito bom para os direitos humanos no Irã, bom para a democracia no Irã e especialmente para os direitos das crianças no Irã.

Durante anúncio da premiação, em Oslo, nesta sexta-feira, Ole Danbolt Mjoes, diretor do Comitê do Prêmio Nobel na Noruega, declarou ser "um prazer para o Comitê premiar com o Nobel da Paz uma mulher que é parte do mundo muçulmano e de quem aquele mundo pode se orgulhar, juntamente com todos que lutam pelos direitos humanos onde quer que vivam".

Mjoes acrescentou que "como advogada, juiza,escritora e ativista, ela vem defendendo suas idéias de modo claro e contundente no seu país e além das fronteiras, sem nunca se importar com as ameças à própria segurança.

Ebadi é defensora de uma reforma do islamismo que absorva os princípios da democracia, direitos humanos, a liberdade de religião e de expressão. É fundadora e líder da Associação de Apoio aos Direitos das Crianças. É também autora de diversos livros sobre direitos humanos. Como juíza, defendeu familiares de escritores e intelectuais assassinados entre 1999 e 2000.


com informações da Lusa, CNN e Europapress

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