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Zeca sacode governo e quer levar ICMS a R$ 300 milhões

Waldemar Gonçalves Jr. e Malu Prado / Campo Grande News - 16 de novembro de 2004 - 12:44

O governador Zeca do PT quer Mato Grosso do Sul arrecadando R$ 300 milhões em ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 2005. Este é um dos desafios que ele vai lançar em reunião com toda equipe do primeiro escalão em dezembro.
Zeca disse nesta terça-feira, após a posse do novo secretário de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária, Sérgio Wanderly da Silva, que lançará desafios nos diferentes setores da administração.
A tônica é modernizar o sistema público, acompanhando a execução de trabalhos em cada secretaria, identificando setores que precisam ser melhorados e verificando o impacto das medidas junto a população.
O governo prepara, em parceria com a Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), sistema para acompanhar de forma mais efetiva, via Casa Civil, o andamento dos trabalhos em cada secretaria, segundo comentou o governador.
Desafios serão lançados em todas as áreas do governo. Na Educação, mais do que construir e reformar escolas, o governador diz que é preciso investir na qualidade de ensino.
Na Saúde, a meta é concluir projeto de descentralização e interiorização dos serviços. “O cidadão precisa ser atendido onde mora”, resume Zeca do PT.
Arrecadação de R$ 300 milhões, por exemplo, é 40% maior do que os R$ 214 milhões arrecadados em setembro deste ano. Aliado a isso, Zeca lança o desafio de diminuição do custeio da máquina pública, ou seja, quer os órgãos públicos gastando menos com água, luz e telefone, por exemplo. Gastos com diárias e passagens é outro ralo que o Executivo quer estancar.
De cada R$ 1,00 arrecadado, R$ 0,35 ficam com o governo, aponta Zeca. O restante vai para compromissos da dívida pública e repasse aos municípios.
Se R$ 1,00 for economizado no custeio, esse dinheiro pode ser aplicado integralmente em investimentos, analisa o governador.
Na área de Infra-estrutura, a meta é avançar nas obras de pavimentação, ampliando a interligação entre municípios do interior. Zeca aponta ainda a necessidade de investir pesado em logística de transporte, tornando Mato Grosso do Sul mais competitivo economicamente.
Neste sentido, avalia o governador, será possível atrair mais grandes empresas e indústrias, gerando número maior de empregos.
Até o fim do primeiro trimestre de 2005, Mato Grosso do Sul terá mais quatro restaurantes populares, a exemplo do primeiro, que começou a funcionar na sexta-feira, em Campo Grande. É o projeto do governador Zeca, apontando que mais dois espaços serão construídos na Capital, um em Corumbá e outro em Dourados.
O desafio ao novo secretário de Assistência Social é avançar os projetos da pasta, hoje responsável por atender 80 mil pessoas, como o caso do Bolsa Escola e Segurança Alimentar. Além disso, completa o governador, o governo precisa aprofundar os atendimentos nesta área, possibilitando que os beneficiados consigam gerar renda e, assim, não depender mais do auxílio financeiro do poder público.
Concluída a reforma administrativa no primeiro escalão, iniciada após as eleições de 3 de outubro, o recado do governador a todos os secretários é simples. Mais do que políticos, quer administradores à frente das pastas do Executivo.
“Tenho ainda dois anos de mandato e quero entregar o governo em pé, ao contrário de como o recebi”, finalizou. A reunião de dezembro ainda não tem dia marcado.

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