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Votações em CPMI são adiadas por falta de quorum

Agência Câmara - 29 de setembro de 2005 - 14:26

A CPMI dos Correios não conseguiu votar, pela segunda semana consecutiva, requerimento que pede a quebra do sigilo bancário de corretoras de valores e câmbio. A votação na reunião administrativa de hoje foi impedida pela falta de quorum. Os parlamentares de oposição acusam o governo de tentar esvaziar as investigações, prejudicando o quorum para as deliberações.
O próprio presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), criticou a ausência da bancada do governo e advertiu que os atrasos provocados com os sucessivos adiamentos nas votações de requerimentos poderá fazer com que os trabalhos da comissão sejam encerrados somente em 2006. "Eu não vou compactuar com esse tipo de manobra", disse. Ele anunciou que, a partir da próxima semana, a CPMI vai registrar as faltas dos parlamentares e divulgá-las.
O sub-relator de movimentação financeira da comissão, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), afirmou que a paralisação nas votações sobre quebra de sigilos atrapalha as investigações, pois as informações solicitadas levam de 15 a 45 dias para chegar à CPMI. "Nós estamos há 15 dias tentando quebrar os sigilos de empresas, principalmente corretoras de valores, que intermediaram recursos de doleiros e também desse esquema que abasteceu as contas do Marcos Valério e que foram repassadas para o Delúbio e até agora, por falta de quorum, não estamos conseguindo quebrar", disse.

Clima de disputa
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) avalia que o clima de disputa política na Câmara chegou à CPI, mas garante que não houve orientação do governo para obstruir os trabalhos. "O que existe é um período de turbulência, que acaba gerando uma dispersão. Temos que chamar à responsabilidade todos os deputados e senadores ausentes e não tentar mascarar a situação real como se fosse uma estratégia para tentar impedir as investigações", afirmou.

Na reunião administrativa de hoje, foi decidido apenas que a empresa que fará auditoria nas informações sobre sistema financeiro, fundos de pensão, seguros e contratos em poder da CPMI será escolhida na próxima semana.

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