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Vôlei seleciona atletas para equipes infantil e juvenil

Agência Brasil - 28 de janeiro de 2004 - 13:42

O sonho de um dia defender as cores do Brasil nos Jogos Olímpicos não sai da cabeça de milhares de jovens por todo o país. E, para 86 deles, a busca pela realização desta meta já começou a ser traçada. Desde a semana passada, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) realizou, no Centro de Desenvolvimento de Vôlei de Saquarema (RJ), a peneira para as seleções infanto-juvenis que defenderão o país nos campeonatos sul-americanos, em 2004. Depois de cinco dias, as avaliações terminaram ontem (27) e deixaram os treinadores motivados.

Primeiro foi a vez das meninas. O técnico Luizomar de Moura pré-convocou 45 jogadoras e depois chamou mais quatro para serem testadas, totalizando 49. Elas chegaram a Saquarema na última sexta-feira (23) e realizaram treinos técnicos e exames físicos até o último domingo (25). Enquanto as moças deixavam o local, 37 rapazes chegaram para serem avaliados pelo técnico Percy Oncken, na mesma rotina de exercícios e exames físicos, e ficaram até esta terça-feira sob as orientações da comissão técnica.

Os treinadores terão até o final de fevereiro para definir os grupos para os sul-Americanos. A disputa feminina será de 24 de abril a 1º de maio, no Equador, e a masculina de 24 a 26 de maio, ainda sem local definido. A peneira das seleções infanto-juvenis é a primeira porta para quem quer chegar à seleção adulta. "O ciclo das equipes de base é de quatro anos: dois na seleção infanto e dois na juvenil. Aqui é o primeiro passo para entrar no time adulto. A realimentação das seleções principais começa nesta pré-convocação", contou o gerente da Unidade de Seleções da CBV, Paulo Márcio Nunes da Costa.

"A filosofia da CBV não é só formar atletas, mas também formar jogadores com um bom caráter. Além disso, temos a preocupação de passar para os atletas que eles precisam estudar para conseguir uma carreira vitoriosa. Não basta só treinar", explicou o supervisor das categorias de base, Helcio Nunan Macedo.

E neste sonho, jogadores e jogadoras se empenharam ao máximo para mostrar todo o seu potencial e comprovar para os treinadores que merecem um lugar no grupo. O encanto com as chances reais de estar na seleção dominou todos os atletas que passaram pelo Centro de Desenvolvimento de Voleibol de Saquarema. "O sonho de todas aqui é jogar na seleção e ir às Olimpíadas. É muita motivação. Além disso, este lugar é maravilhoso", disse a gaúcha, Priscila Daroit, meio-de-rede. "Nunca vi coisa igual em lugar algum", completou a levantadora paulista Monique Leite, fã de Fernanda Venturini.

Entre os meninos a motivação é a mesma. "Chegar à seleção é o máximo que qualquer atleta da nossa categoria pode conseguir. Milhões de jogadores sonham estar aqui no meu lugar. Sei que a luta por uma vaga será difícil, mas o segredo é ter esperança acima de tudo", disse o oposto Diego Gesticky, de 17 anos e 1,94m, atleta do Banespa e que tem no amigo Vinhedo, levantador do Banespa, o seu ídolo. "Ele é me incentivou muito. Sou da mesma cidade dele, Vinhedo, em São Paulo", lembrou. A ansiedade é facilmente notada durante os treinos e as horas vagas. "Estava muito nervoso para vir para cá. Quando soube da pré-convocação, entrei no site da CBV e vi as fotos deste Centro. Aqui a infra-estrutura é muito boa. Nunca tinha visto nada igual", revelou Rodrigo Correa, do Esporte Clube Pinheiros.

A moçada mais experiente, no entanto, só entra em quadra em outubro. Com a responsabilidade do título obtido em 2003, no Mundial juvenil feminino da Tailândia, e o vice-campeonato juvenil masculino no Mundial do Irã, as seleções juvenis também tentarão manter a hegemonia na América do Sul: no feminino, de 23 a 30, no Peru, e no masculino, entre 2 e 9 do mesmo mês, em local ainda indefinido.

Inaugurado em agosto do ano passado, o Centro de Desenvolvimento de Voleibol-Saquarema (RJ) recebe pela primeira vez as seleções de base. A partir desta temporada, começa a ser formada uma nova geração que terá à sua disposição uma infra-estrutura que poucos jogadores de outros países têm.

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