Após a cotação do dólar disparar mais de 5% no pregão de quarta-feira, “batendo” nos R$ 2,40, o mercado mais uma vez demonstrou que está volátil e extremamente dependente do cenário internacional. Hoje, a divisa norte-americana teve a maior queda diária desde agosto de 2002, chegando a R$ 2,292 – baixa de 4,54%. De acordo com a Reuters, a instabilidade ocorreu novamente pela insegurança dos investidores nos rumos da política monetária dos Estados Unidos, mais precisamente sobre a decisão a ser tomada pelo Federal Reserve em junho acerca da nova taxa de juros naquele país.

A quinta-feira foi um dia de boas notícias, com os dados sobre o crescimento da economia dos EUA acalmando os rumos sobre uma nova alta na taxa de juro norte-americana (hoje de 5%). Paralelamente, os títulos da dívida externa brasileira ganhavam força, e o Risco-Brasil caía 22 pontos, para 268 pontos-básicos sobre os Treasuries dos Estados Unidos. Tanto a Bovespa como as bolsas dos EUA e da Europa tiveram um dia positivo. A expectativa é de que os altos e baixos continuem, pelo menos, até o dia 31 de maio, quando o Fed divulgar a ata de sua última reunião para decidir os juros.