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Você tem a síndrome do bolso furado?

* Dora Ramos - 19 de maio de 2016 - 18:08

As contas vão chegando, o dinheiro sumindo e o desespero batendo. Com o orçamento que não fecha, logo se faz uma pergunta: para onde foi o meu dinheiro? Essa é a pergunta que muitos brasileiros fazem a si mesmo, todos os meses. Caso essa seja uma realidade presente na sua vida há muito tempo, você pode estar sofrendo da “síndrome do bolso furado”, que se dá quando o orçamento nunca bate e a sensação é de inconformismo por não sobrar dinheiro para nada.

As causas para chegar até esse estado podem ser facilmente listadas: gastos mensais não elencados, gastos extras ou até mesmo supérfluos, que não são colocados na ponta do lápis na hora do planejamento, isso quando ele existe.

Aquele cafezinho no trabalho ou brinquedinho para o cachorro ajuda muito a comprometer e até a provocar verdadeiros estragos em nosso orçamento. Quando contabilizadas, essas despesas acabam somando valores expressivos durante todo o ano sem que percebamos. Na compra de um carro, por exemplo, é muito comum as pessoas fazerem contas com base apenas nas parcelas e no seguro, e se esquecerem de impostos, combustível, lavagem, estacionamento, revisão, mecânico, entre outros. Certamente, esses compromissos inadiáveis são responsáveis por quase meio carro zero quilômetro a cada ano.

Outra paixão do brasileiro, os animais de estimação também devem ter os gastos calculados no orçamento, pois assim não se tornarão um peso em nosso bolso. Alimentação, banho temporário e atendimento veterinário estão cada vez mais caros e, embora sejam rotineiros, quase nunca entram nas contas mensais. Outro vilão da saúde financeira, sobretudo das mulheres, são os cuidados pessoais, como cabeleireiros, manicures e cosméticos.

Mas não são só carros, animais de estimação e cuidados com a beleza que “desviam” boa parte de nossos rendimentos mensais. Hábitos como o cafezinho do pré-expediente, o salgado da tarde ou mesmo a cervejinha do happy hour são menosprezados nas finanças pessoais, mas estão entre os principais gastos não controlados. Dificilmente o vale-refeição é suficiente para cobrir essas despesas e, de R$ 5 em R$ 5, mais de um salário é destinado a isso todos os anos.

Para que não haja um susto no final do mês, é importante que se liste todas as despesas, desde o lanchinho da tarde até o conserto do carro. Fazer anotações semanalmente é uma boa alternativa para ser ter um relatório completo, que permite a mensuração do que poderia ter sido poupado e do que será corrigido nos próximos meses.

Esses pequenos gastos podem sair do controle e ser tão representativos quando uma prestação. Por isso, saber para onde cada parte do dinheiro vai é muito importante para a saúde financeira de qualquer pessoa. Evitar gastos supérfluos pode ser o ponto principal para a conquista de um sonho ou mesmo para que não se fique endividado. Por isso, fique atento, mantenha os gastos sob controle, não exagere nas despesas extras e livre-se da síndrome do bolso furado!

* Dora Ramos é educadora financeira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial - www.fharos.com.br

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