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Você está ganhando bem?

Vagas.com.br - 05 de setembro de 2015 - 19:00

Se você já tentou descobrir se o salário que ganha é compatível com a função que exerce e as responsabilidades que tem, já deve ter percebido que nem sempre é fácil chegar a uma conclusão sobre isso. Existem, sim, algumas tabelas salariais que podem ajudar nesse caminho, como também sempre há a possibilidade de sondar com o colega qual o valor do seu contra-cheque, mas o fato é que nem sempre essas informações são confiáveis ou essas conversas são agradáveis. Então, para auxiliar essa pesquisa, pedimos a ajuda de dois especialistas no assunto. Confira suas dicas:

1 – Tabelas salariais

Você pode encontrar várias delas pela internet, mas, antes de sair por aí pedindo um aumento ou comemorando seu salário acima da média, é preciso tomar alguns cuidados. Embora as tabelas salariais possam valer como um ponto de partida para saber como anda a sua remuneração, é preciso considerar que elas não costumam levam em conta muitas peculiaridades, como responsabilidades específicas da função, nível de complexidade, número de pessoas na equipe, contexto e mercado de atuação, por exemplo. “É um grande risco se basear apenas em tabelas da internet porque cargos que podem ter o mesmo nome muitas vezes não retratam a mesma realidade”, alerta Juliana Rissardi, sócia consultora da People & Results. Ou seja, você até pode usar, mas com moderação e bom senso, ok?

2 – “Hei, colega, quanto você ganha?”

Nem pense em fazer isso. O tema salário costuma ser um tabu no ambiente profissional e qualquer pergunta desse tipo pode gerar um constrangimento irreversível para você. “Além de ser muito inconveniente perguntar para o seu colega quanto ele ganha, não é correto comparar o seu salário com os outros”, explica Juliana. Isso porque, segundo ela, entram na composição salarial vários critérios de meritocracia. “A meritocracia é a forma de distinguir as melhores performances dentro de uma empresa”, explica. Muitas empresas reconhecem seus profissionais a partir da avaliação de performance anual, por exemplo. “Ou seja, se você foi reconhecido e recebeu naquele determinado ano uma porcentagem de aumento no seu salário – e isso só foi dado a você – os demais profissionais da equipe estarão ganhando menos, ou vice-versa”, afirma. Sem contar que também há diferenciação salarial por tempo de empresa e experiência, por exemplo. Portanto, achar que todos devem ganhar a mesma coisa o tempo todo é uma ilusão.

3 – Conversa aberta

Falar sobre salário com amigos que trabalham em outras empresas e exercem funções semelhantes pode ser útil e bem menos constrangedor. No entanto, é preciso lembrar novamente que escopo, complexidade, responsabilidades também têm impacto sobre o salário. “Você também precisa levar em consideração que há diferenças salariais entre empresas de diferentes tamanhos, por exemplo”, afirma Felipe Otavio, consultor sênior de Talent da consultoria Mercer.

Para ele, conversar com alguma frequência com headhunters também pode ser interessante para sondar sua empregabilidade e seu salário. “Deixe claro, durante a conversa, que você está apenas em busca de informações de mercado e não exatamente de uma vaga em outra empresa”, recomenda.

4 – Promoções recentes

Otavio também alerta que não raramente pessoas recém-promovidas têm a impressão de que estão recebendo menos do que o mercado paga. “Quando alguém é promovido, o normal é que sua faixa salarial seja baseada nos valores praticados para quem está começando naquele cargo”, explica. Daí a confusão. “Ao receber o valor de base, o profissional pode achar está ganhando menos do que deveria”, afirma.

5 – Como ganhar mais

Seja qual for o resultado da sua sondagem, é bem provável que você esteja interessado em ganhar sempre mais. Certo? Para isso, então, a dica de Otavio é tentar entender como é composta sua própria remuneração e quais seriam as possibilidades de melhorá-la. “A melhora de performance deveria sempre vir acompanhada de uma boa remuneração variável e a aquisição de competências, por sua vez, poderia vir acompanhada de um mérito ou de uma promoção”, afirma.

Para Juliana, também é uma boa estratégia pedir feedback ao seu gestor para saber como está indo, o que é preciso fazer para se desenvolver e crescer na empresa e quais são as oportunidades que ele enxerga para você.

Outra dica – muito importante, aliás – é avaliar se este é mesmo o melhor momento para falar sobre um aumento. “Com a instabilidade econômica e todos os seus impactos no mercado, os critérios para aumentos e promoções ficam ainda mais exigentes e qualquer tipo de incremento no orçamento da empresa tem de ser exaustivamente justificado”, alerta.

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