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Vítimas das tragédias sem seguro climático não terão como receber indenização

Alana Gandra, Agência Brasil - 27 de janeiro de 2011 - 18:23

Rio de Janeiro - As vítimas das tragédias provocadas pelas recentes enchentes em todo o país que não tiverem feito cobertura nos contratos de seguros contra eventos naturais, os chamados seguros climáticos, não terão como receber indenização.

O alerta foi dado hoje (27) pelo diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Murilo Chaim à Agência Brasil. O órgão é vinculado ao Ministério da Fazenda e responde pelo controle e fiscalização do mercado segurador e ressegurador nacional.

Chaim disse que isso ocorre porque o princípio do seguro é a precificação do risco de acordo com as coberturas escolhidas. “Você paga o prêmio por aquele direito de cobertura. E se você não contratou, a seguradora não é obrigada a fazê-lo”.

O diretor destacou a necessidade de as pessoas terem um cuidado básico na hora de fazerem a contratação de um seguro residencial, por exemplo, destacando uma palavra chave: prevenção. “Antes da ocorrência de qualquer evento, cada consumidor deve ter muita atenção nas coberturas que está contratando nas apólices que estão sendo oferecidas”.

Para comprar conscientemente um seguro que atenda à sua necessidade, é importante que o consumidor leia as coberturas que estão sendo contratadas e os riscos que estão sendo excluídos. “Questões como risco de alagamento, riscos decorrentes da natureza, como queda de árvore, ou outros riscos correlatos. É bastante importante ver quais desses riscos você está contratando cobertura e se atende às suas necessidades”.

O segundo cuidado a ser tomado diz respeito às franquias e participações nos sinistros. “Isso é fundamental antes da contratação do seguro. Essa é a principal de todas as precauções que devem ser tomadas”.

No caso de ocorrência de enchentes ou outro tipo de evento climático, Chaim recomendou que a primeira ação a ser efetuada pelos segurados é avisar imediatamente o fato às seguradoras, relatando o sinistro e fornecendo outras informações que forem necessárias.

Ele informou que na etapa seguinte, referente à regulação, peritos das seguradoras vão ao local verificar a necessidade de informações adicionais e solicitar documentos estabelecidos na apólice, necessários para que se efetue o pagamento do sinistro. No caso das pessoas que perderam seus documentos, o diretor da Susep afirmou que as próprias seguradoras têm condições de fornecer a segunda via das apólices.

Na região serrana fluminense, devastada pela enxurrada do último dia 12, por exemplo, muitas seguradoras instalaram postos avançados para atendimento aos clientes. No caso de documentação pessoal, Chaim lembrou que órgãos de serviços públicos também montaram postos de atendimento nos municípios afetados para apressar a emissão.

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