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Vírus da aftosa volta a assombrar Sul do Estado

rmtonline - 10 de fevereiro de 2007 - 08:39

A confirmação da circulação do vírus da aftosa nos municípios Eldorado, Mundo Novo e Japorã, anteontem, pode levar o governo do Estado a adotar medidas extremas para barrar o avanço da doença. Ontem falou-se em sacrifício de todo o rebanho da região e na criação da “zona tampão”, na fronteira com o Paraguai, com forma de garantir a retomada do status de área livre da aftosa.

Ontem pela manhã, a secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa, admitiu, em entrevista no Bom Dia MS, da TV Morena, a possibilidade de sacrificar todo o rebanho dos municípios em que ainda ocorre circulação viral da aftosa.

A presença do vírus da aftosa fez com que o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) mantivesse a interdição nos municípios de Eldorado, Mundo Novo e Japorã, iniciada em outubro de 2005. Naquele ano foram sacrificadas 35 mil cabeças de gado, com os pecuaristas sendo indenizados. Com a constatação, é quase certo que o Estado continuará sem o status de área livre da aftosa, cuja decisão da OIE (Organização Internacional de Epizootias) deve ser anunciada hoje pelo governo do Estado. Ao ser indagada pelo apresentador Omar Bastos se não seria mais prático sacrificar o gado ainda existente nos municípios da região, a secretária respondeu: “Isso não tenha dúvida. O pessoal do Ministério está chegando aqui e estamos dentro das medidas internacionais, seguindo os procedimentos técnicos. Se precisar matar, vamos matar”, disse.

Tereza Cristina disse, porém, que a atividade viral significa apenas a circulação do vírus e não a presença da aftosa. “Pode ser da vacina. Não quer dizer que é da doença. Não temos foco da aftosa. Tem sorologia que deu mais elevada e que é natural naquela região. As pessoas que ficaram com medo e vacinaram”, afirmou ela.
Entretanto, ainda ontem, o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Roberto Bacha, afirmou que, apesar de sorologia ter confirmado que o vírus da febre aftosa permanece nas propriedades rurais, não há previsão, pelo menos a princípio, de sacrifício de animais.

Ele explica que não há o que fundamente uma medida como esta. “Embora tenha dado animais reagentes não sabemos se é reação da vacina”, afirma. Além disso, ele acrescentou que o percentual de amostras que apresentaram reatividade é muito menor que o encontrado em vezes anteriores.


ZONA-TAMPÃO

O governo do Estado também não descarta a criação de uma “zona-tampão” nos três municípios atingidos diretamente pela doença. A possível implementação da “zona-tampão” serão discutidas entre o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Gabriel Alves Maciel, e o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). O encontro acontece a partir das 8h30, na Famasul.
A reunião terá como objetivo definir como o governo do Estado vai proceder para retomar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação. O certificado de zona livre é concedido pela OIE (Organização Internacional de Epizootias), que teria feito a sugestão de implantação de uma área de controle na região de fronteira, que tem sido suscetível ao trânsito do vírus transmissor da doença.

Caso aceite a sugestão da OIE, o Estado fica mais perto de exportar para a comunidade internacional, possibilidade suspensa desde outubro de 2005, quando foi identificado um foco da doença em Eldorado. O município, juntamente com Japorã e Mundo Novo continuou a apresentar atividade viral e permanece interditado pelo Mapa.


Fonte: Redação TV Morena

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