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Violência contra homossexuais será mapeada em Mato Grosso

Rádio Nacional da Amazônia - 04 de setembro de 2010 - 15:10

Brasília - A dificuldade de atender os homossexuais e de mapear a violência que sofre esse grupo fez com que o Centro de Referência de Combate à Homofobia LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais), vinculado à Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, desenvolvesse um projeto que pretende treinar profissionais de segurança, criar um portal para atendimento às comunidades e melhorar o banco de dados com informações sobre a violência homofóbica.

Por meio dessas ações, a coordenadora do centro, Cláudia Cristina Carvalho, acredita que também será possível definir políticas públicas para o grupo LGBT. Ela afirma, no entanto, que é preciso a participação da comunidade para que o projeto funcione.

“É fundamental que a população, a comunidade LGBT, elas passem a utilizar cada vez mais o serviço de segurança pública e a Justiça porque é uma forma de a gente mapear esse tipo de violência, do qual essas pessoas são vítimas”, disse.

O Centro de Referência de Combate à Homofobia funciona desde 2008. Mas por causa do preconceito que os homossexuais enfrentam na sociedade, às vezes dos próprios agentes do Estado, segundo a instituição, fica difícil identificar as vítimas de crimes homofóbicos.

De acordo com a coordenadora, a secretaria utiliza casos que saem na mídia para fazer o levantamento de crimes sofridos pelo grupo LGBT. Ela informou que em 2009, por exemplo, os jornais divulgaram apenas nove assassinatos de homossexuais em Mato Grosso.

Cláudia Carvalho explicou que a capacitação dos agentes de segurança pública do estado será feita para que possam atender os homossexuais sem preconceito.
“A gente está pensando em demarcar uma carga mínima de 20 horas/aula\".

O Centro de Referência de Combate à Homofobia também pretende fazer parceria com o movimento LGBT de Mato Grosso e o movimento nacional para treinar os agentes. Além disso, quer criar cartilhas com o objetivo de tirar dúvidas dos profissionais e desenvolver uma campanha de conscientização em bares e boates do gênero, para que essa comunidade se sinta confortável ao procurar a segurança pública.

Edição: Graça Adjuto

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