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Geral

Vilma nega informações de relatório da Casa do Albergado

TJ/GO - 24 de janeiro de 2007 - 07:21

Em depoimento prestado ontem (23) à tarde ao juiz Éder Jorge, da Vara de Execuções Penais (VEP) de Goiânia, durante audiência de justificação, na sala de videoconferência do Fórum, a ex-empresária Vilma Martins Costa negou todas as informações que constam dos autos e do relatório feito pela direção da Casa do Albergado. Chorando muito, Vilma ressaltou que jamais colocaria sua saúde em risco e afirmou que todas as suas saídas temporárias foram utilizadas para tratamento médico, com o conhecimento e autorização da gerência de saúde da Casa do Albergado.

Com relação ao alimentos encontrados no seu quarto, conforme o documento, como geléia de goiaba, pão de queijo, doce de queijada, bolo de coco, refrigerantes, biscoito de chocolate, queijo mussarela, azeite, pimenta-do-reino, maionese, presunto, açúcar refinado, bolo de chocolate, churrasco numa vasilha, entre outros, a reeducanda explicou que não tem conhecimento das guloseimas e que provavelmente pertenciam a seus acompanhantes, irmã, neta e sobrinha. Informou ainda que nunca ingeriu esses alimentos e que só comeu o que estava na dieta prevista pela nutricionista do hospital. "Só posso ingerir alimentos controlados pelos médicos. Alguns são suco de laranja, verduras, frutas, presunto de peru e azeite", frisou.

Quanto ao fato de que não estaria tomando os remédios prescritos, Vilma salientou que isso é uma "inverdade". "Nunca me recusei a tomar os medicamentos previstos no receituário. Tenho familiares que se preocupam comigo e minha saúde está em primeiro lugar. Não acredito que alguém gosta de estar doente", disse. Segundo Vilma, o fato de ter sido internada em 29 de dezembro, data em que deveria ter retornado à Casa do Albergado, e o término do período da saída temporária foi apenas uma "coincidência". Quando questionada pelo juiz sobre o uso da cadeira de rodas, uma vez que a junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás afirmou no laudo pericial que Vilma não tem nenhum problema físico para que faça uso contínuo da cadeira, ela disse que seu lado direito, assim como sua perna, estão paralisados devido à uma isquemia cerebral.

Éder Jorge se posicionará sobre a permanência definitiva da ex-empresária no regime fechado ou reinclusão no semi-aberto em 10 dias, quando o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a defesa se manifestarem. Enquanto aguarda a decisão do juiz, Vilma permanecerá na Casa de Prisão Provisória de Goiânia (CPP). Ela cumpre pena de 15 anos e 9 meses de reclusão em regime semi-aberto por ter seqüestrado Aparecida Fernanda Ribeiro e Pedro Júnior Rosalino Pinto quando estes ainda eram bebês, além de cometer falsidade ideológica. (Myrelle Motta)

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