A Vila Belmiro está interditada preventivamente pela Federação Paulista de Futebol. A punição vale até o julgamento do estádio, ainda sem data marcada, quando o tribunal da FPF vai decidir se o Santos teve culpa nos incidentes do clássico contra o Corinthians.
Durante o segundo tempo do jogo, um torcedor atirou no gramado um pedaço de concreto retirado da estrutura da arquibancada. O objeto atingiu a cabeça do goleiro santista Mauro.

A Vila foi vistoriada nesta terça-feira por técnicos da federação. O presidente Marcelo Teixeira exibiu (e entregou a eles) fita do circuito interno mostrando a pedra sendo atirada por um espectador que estava no espaço destinado para a torcida do Corinthians. Ele foi identificado e preso pela polícia.

"Talvez isso tenha sido feito porque acharam que o clube mandante seria punido. O santista já está consciente com relação a atirar objetos no gramado porque a Vila já foi interditada várias vezes no ano passado", disse Teixeira.

O nome do torcedor não foi divulgado. A polícia apenas revelou que ele tem 17 anos, mora em São Vicente (litoral de São Paulo) e pertence à torcida Gaviões da Fiel. O boletim de ocorrência do caso também foi entregue à FPF.

"Acredito que o tribunal terá o bom senso neste caso", completou o presidente, confiando na liberação para os próximos jogos do Campeonato Paulista.

Teixeira também prometeu melhorias para o setor destinado aos torcedores visitantes.

"Vamos estudar o que pode ser feito neste sentido para que as torcidas dos clubes co-irmãos tenham maior segurança", assegurou.

Além da pedra, um cassetete foi jogado pela torcida do Corinthians presente no clássico de domingo.