São Paulo - Por 29 votos a favor e 4 contra, os vereadores de Campinas aprovaram na noite de ontem (24) a criação de uma comissão processante para investigar o atual prefeito de Campinas Demétrio Vilagra (PT), que assumiu o cargo na manhã de ontem (23) após a cassação do então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).

A comissão terá o prazo até 90 dias para investigar o atual prefeito, suspeito de participação no mesmo esquema de fraudes na prefeitura de Campinas e que provocou a cassação do prefeito anterior. Ao terminar a investigação, os vereadores integrantes da comissão poderão pedir que seja votado o impeachment do atual prefeito. A comissão processante será formada pelos vereadores Zé do Gelo (PV) e Rafa Zimbaldi (PP) - que já integraram a comissão processante que levou à cassação de Santos - e Sebá Torres (PSB).

Também foi votado na noite de hoje (24) um segundo requerimento, que pede o afastamento temporário do prefeito enquanto seguem as investigações contra ele. Também por 29 votos favoráveis e 4 contrários, os vereadores decidiram pelo afastamento do prefeito por um período de 90 dias, contados a partir da publicação do decreto. O substituto legal do prefeito será o presidente da Câmara Municipal, Pedro Serafim (PDT).

Vilagra é investigado pelo Ministério Público e chegou a ser preso, em maio, quando era vice-prefeito, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No discurso de posse, Vilagra disse que cumprirá o mandato até o fim.