Mara Nilza, responsável pelo setor de projetos do setor da Saúde de Cassilândia (MS), concedeu entrevista ao programa Rotativa no Ar da Rádio Patriarca nesta quinta-feira.

Ela falou sobre a verba que o deputado federal, Fábio Trad, no valor de R$120 mil, destinou para Cassilândia. Em princípio, a informação chegada ao departamento de jornalismo era de que este dinheiro seria para a troca do aparelho analógico de Raio X, existente na Santa Casa, para um digital. Mas a verba foi usada para isso.

Mara explicou que o dinheiro não era destinado para a Santa Casa. Segundo informou, para que pudesse ser utilizada a verba para a Santa Casa, o deputado Fábio deveria ter destinado o dinheiro com o CNPJ e responsabilidade da Santa Casa, o que não foi feito.

O recurso desta emenda, de acordo com a Mara, foi alocado dentro da Atenção Básica da Saúde. "Quando o deputado destina uma verba para o município, dentro do sistema diz o local em que vai ser empenhado o recurso. Dentro de Cassilândia, constava que seria dentro da Atenção Básica", explicou.

Disse mais: "Ocorre que a Atenção Básica não trabalha com complexidade para uso de raio X. Este aparelho estaria dentro do sistema de média complexidade".

"Nós fizemos um levantamento junto com nossas unidades básicas de saúde. A verba que deu para destinar foi de 120 mil. Ela foi aplicada nos serviços de atenção básica, no ESF Rural, ESF Arceli de Castro, ESF Campo Grande, ESF Central", explicou.

Mara disse ainda que as unidades pediram para usar a verba na compra de notebook, projetor, seladora, além de aquisição de dois carros.

Falou ainda: "Para fazer uma alocação [de um aparelho de raio X], deveria ter uma unidade dentro do município, chamada unidade mista ou hospital de pequeno porte. Aí sim conseguiriamos alocar o raio X com verbas federais".

E concluiu: "O recurso que o deputado Fábio Trad destinou dentro do orçamento do Ministério da Saúde para o município de Cassilândia ele só poderia ser utilizado dentro da atenção básica".