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Vendido a R$ 2,132, dólar tem alta de 2% em uma semana
O dólar encerrou a sexta-feira (2 de março) com alta de 0,61%, sendo vendido a R$ 2,132; acumulando valorização de 2,01% em uma semana turbulenta, devido à forte queda da bolsa chinesa de Xangai, à valorização do iene e ao temor de que a economia dos Estados Unidos se aproxima de um período de recessão. De acordo com a agência Reuters, o valor de venda da moeda nesta sexta-feira é o maior desde 29 de janeiro, quando a divisa era comercializada a R$ 2,136.
A tensão no mercado teve início na terça-feira (27), quando a bolsa de Xangai caiu quase nove pontos, arrastando os mercados ao redor do mundo. No mesmo dia, o ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Alan Greespan, alertou sobre o risco de recessão nos EUA até o final deste ano.
Paralelamente, o iene começou a recuperar seu valor perante o dólar, causando temor em investidores quanto a perdas. A moeda japonesa é uma das mais procuradas em operações conhecidas como carry trades onde os investidores tomam empréstimo em moedas de baixo custo para aplicar em ativos de alto risco, como os títulos de países emergentes (tais como o Brasil).
A tsunami econômica acabou atingindo também o País, mostrando que a economia brasileira continua com certa vulnerabilidade, apesar dos números positivos atingidos nas últimas semanas. O Risco-Brasil, por exemplo, medido pelo banco JP Morgan para avaliar os riscos de investimentos no País, chegou aos 201 pontos-básicos nesta sexta-feira, depois de atingir a mínima histórica de 175 pontos em fevereiro. As reservas nacionais em dólar chegaram aos US$ 101,4 bilhões, depois dos leilões de compra à vista diários do Banco Central.