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Venda externa de sêmen bovino vai crescer 72% em 2004

Acrissul - 29 de novembro de 2004 - 15:15

As exportações de sêmen bovino devem crescer 72,4% este ano. As vendas externas, que no ano passado respondiam por 1% da produção, este ano chegarão a 2,4%. O Brasil está ampliando a remessa de doses porque criou, há um ano, um consórcio de empresas visando o mercado externo, o Brazilian Cattle Genetics. Paralelamente, as vendas internas de sêmen devem fechar 2004 com crescimento de 6%.

A expectativa do gerente do Brazilian Cattle Genetics, Gerson Simão, é que sejam remetidas ao exterior este ano 100 mil doses de sêmen frente às 58 mil de 2003, totalizando cerca de US$ 500 mil. Para o ano que vem, a meta é chegar a 200 mil doses de sêmen. A abertura dos mercados da Austrália, África do Sul e Panamá é esperada ainda para este ano. Em 2005, o País pretende vender também para a China e o México.

Para a prospecção de mercados estão sendo investidos, até dezembro, R$ 2 milhões, visando trazer estrangeiros ao País e também levar a genética a feiras agropecuárias. Atualmente, a maior parte das exportações é enviada para países da América do Sul (Colômbia, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e da África (Angola, Senegal e Costa do Marfim).

Ao contrário do mercado interno, nas exportações o Brasil vende mais gado gir leiteiro - cerca de 50% do volume. No País, o maior volume é de nelore (31%). "Muitos países dos trópicos estão mudando o modelo de produção, deixando o gado europeu e investindo no zebuíno", explica Simão.

Entre os grandes exportadores está a Lagoa da Serra, que pretende triplicar as vendas de um ano para outro (comparando-se o período de agosto de 2004 a agosto de 2005). Segundo Maurício José de Lima, gerente de exportação da Lagoa da Serra, no ano passado foram vendidas 50 mil doses e, para o ano comercial 2004, a empresa espera chegar a 150 mil doses. De acordo com ele, esse aumento se deve ao fato de o Brasil ter ampliado o número de países com acordos sanitários.

No ranking dos exportadores está também a ABS Pecplan. Segundo o gerente de comércio exterior da empresa, Sílvio Okuno, este ano as vendas externas devem representar entre 15% e 20% do total comercializado. Há 25 anos a ABS Pecplan exporta sêmen, mesmo antes da formação do consórcio. Segundo Okuno, 60% das remessas são de doses de gir leiteiro.

No mercado interno, as vendas de sêmen totalizaram no ano passado 7,5 milhões de doses e, para 2004, acredita-se em um crescimento de 6%. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Everardo Carvalho, o crescimento das vendas têm se mantido constante nos últimos anos. Acredita-se que 6% do rebanho nacional utilize a inseminação artificial.

O consórcio é formado por 16 empresas, que incluem a venda de sêmen, embriões, animais, produção veterinários e nutrição. Este ano, todos os segmentos do Brazilian Cattle Genetics devem exportar US$ 20 milhões, sendo US$ 7 milhões de animais vivos.

Fonte: Gazeta Mercantil

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